Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 13 de Fevereiro de 2007 às 08:41

    Imprimir


Os cinco suspeitos de terem participado do assalto que terminou com a morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos, ficarão frente a frente hoje à tarde. O delegado Hércules Pires do Nascimento decidiu fazer a acareação para esclarecer alguns pontos ainda obscuros: quem dirigiu o Corsa roubado da mãe do menino e quais deles estavam no carro.

"Gostaria de ter enterrado meus filhos. Gostaria de estar no lugar dela (Rosa Cristina, mãe de João Hélio). A minha dor é pior do que a dela, só de pensar que um dos meus filhos pode ter feito aquilo", disse, muito emocionada, técnica em enfermagem Maria, de 43 anos, vive o drama de ter dois de seus filhos acusados do bárbaro assassinato de João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos.

Os pais de João devem ir a Brasília (DF) hoje para um encontro com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eles devem fazer um apelo para que o projeto sobre a maioridade penal saia do papel.

NEGA

"Carlos Eduardo Toledo de Lima nega o crime. Mas outros acusados dizem que ele participou da ação e os ameaçou caso fosse denunciado. A acareação é para confrontar os que se contradizem", afirmou o delegado. Nascimento disse ainda que espera receber laudo do Instituto Félix Pacheco com o resultado da comparação das impressões digitais encontradas no Corsa de Rosa Cristina Fernandes Vieites.

Pelas informações iniciais, depoimentos dos acusados e de testemunhas, o delegado acredita que Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, tenha tomado a direção do veículo. Teria sido ele que disse a um motorista que estava arrastando "um boneco de Judas". Com ele estariam Carlos Eduardo, de 23 anos, e o irmão, E., de 16. Tiago Abreu Matos, de 19 anos, e Carlos Roberto da Silva, de 21 anos, teriam ficado no táxi do pai de Tiago, usado para levar os assaltantes ao local do crime. "A participação de cada um ficará esclarecida na acareação", afirmou.

O delegado tem sido procurado por advogados que se oferecem para auxiliar a acusação, sem cobrar honorários. Já policiais contaram que até agora somente um advogado de defesa, chamado pela família de Tiago, esteve na delegacia. "Mas ao saber do caso, ele desistiu", contou um policial.

A polícia também tem tido dificuldades para acomodar os quatro acusados. "A informação que recebemos é de que eles foram recusados pelo seguro, pelo seguro do seguro, e até pelos evangélicos", comentou o policial, referindo-se às celas em que ficam presos ameaçados de morte.

Ontem a arquidiocese divulgou carta do arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal dom Eusébio Oscar Scheid, ao pai de João Hélio, Elson Fernandes Vieites. "Estamos perplexos e atônitos com os diversos casos de violência, que somados a este último, parecem ofuscar nossa capacidade de entendimento a cerca do sentido da vida do homem sobre a terra".

MÃE

Desde quinta-feira (8) a técnica em enfermagem Maria, de 43 anos, vive o drama de ter dois de seus filhos acusados do bárbaro assassinato de João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos. O mais velho deles, Carlos Eduardo Toledo Lima,o Dudu, de 23, é apontado pela polícia como o chefe da quadrilha de roubo de carros. E., de 16 anos, disse ao pai que confessou o crime a pedido do irmão, em troca de um celular.

"Gostaria de ter enterrado meus filhos. Gostaria de estar no lugar dela (Rosa Cristina, mãe de João Hélio). A minha dor é pior do que a dela, só de pensar que um dos meus filhos pode ter feito aquilo", disse, muito emocionada.





Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/242363/visualizar/