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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 13 de Fevereiro de 2007 às 08:30

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, chega amanhã ao Brasil para se reunir com o presidente Lula com o discurso armado de que não aceita os preços praticados na aquisição do gás natural pela Petrobras e pela Empresa Pantanal Energia (EPE), controladora da termelétrica de Cuiabá. Ele cobra o reajuste de 320% no preço pago pela EPE, com o salto do atual US$ 1,19 por milhão de BTU (MBTU) para US$ 5. Em nota publicada ontem no site oficial, Morales frisa que respeita a "liderança e a industrialização" do Brasil na América Latina, mas afirma que o governo boliviano "não irá subsidiar esse desenvolvimento com gás barato, especialmente na região de Cuiabá".

As declarações lançadas no domingo durante uma coletiva de imprensa ainda destacam que Morales dá por concluído o debate técnico e jurídico entre o governo dos 2 países para definir o reajuste nos preços do gás. A exigência de Morales é que o preço seja o mesmo pago pela Argentina, de US$ 5 por MBTU. A Petrobras paga hoje US$ 4,36 por MBTU.

Segundo Morales, a definição do custo desse reajuste sobre a energia consumida no Brasil agora está nas mãos do presidente Lula. "Vamos tratar de nos comunicar e ver como é que avançaremos no tema da negociação e reiterar que não é possível que um país pobre subvencione para um país rico. Respeitamos a liderança regional do Brasil, seu desenvolvimento e sua indústria, mas nosso ponto de vista é de que não se pode seguir subvencionando o gás, especialmente na região de Cuiabá", alfineta o presidente em nota.

A EPE posiciona que não se pronunciará sobre as declarações e o discurso político de Morales e que novas informações serão transmitidas à imprensa somente quando um fato "novo e consistente" sugir no emaranhado das negociações bilaterais mantidas com a Andina, fornecedora privada do gás, e Furnas, compradora da energia produzida na termelétrica. A empresa pondera que ainda aguarda o sinal da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) com a data da próxima reunião em Santa Cruz de La Sierra.

O Ministério de Minas e Energia (MME) posiciona que o último informe do Itamaraty é de que a reunião está absolutamente mantida para amanhã entre os 2 presidentes, mas a agenda de Morales no site oficial do governo boliviano não adiantava ontem os compromissos da semana. A pasta não se pronunciou sobre o andamento das negociações.

MT Gás - O governo do Estado ainda aguarda a definição do novo presidente da YPFB para definir a data da visita de uma comitiva de executivos da estatal a Mato Grosso para discutir a abertura de capital da MT Gás. O nome definitivo deverá ser definido até sexta-feira (16), com o envio de uma lista tríplice ao Senado boliviano.





Fonte: Gazeta Digital

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