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Mãe evita tragédia com filho durante roubo a carro
Um roubo de carro ontem, em Quintino - bairro da zona norte do Rio de Janeiro -, quase terminou em tragédia como a que matou brutalmente João Hélio Fernandes Vieites, 6 anos, quarta-feira, em Oswaldo Cruz. A decoradora Márcia Monteiro Jorge, 36 anos, passou por momentos de terror até conseguir tirar seu filho, Isaque Monteiro Pereira, 5 anos, do banco de trás do veículo, que foi interceptado por dois bandidos armados com pistola, por volta do meio-dia, na rua Elias da Silva.
Márcia voltava de um trabalho de decoração infantil no Recreio dos Bandeirantes com o filho e a sócia, Suelen Gomes Cursino, 24 anos, que dirigia o carro, um Parati. Numa ação rápida, o veículo em que estavam foi fechado por dois assaltantes que ocupavam um Fiesta roubado. "Eles estavam nervosos, arrancaram a gente do carro com violência e gritavam que iam atirar. Eu só pensava na tragédia do menino João Hélio e em como eu ia conseguir tirar meu filho do carro. Foi muito desesperador", contou Márcia.
A preocupação da amiga Suelen também era ganhar tempo para que Márcia pudesse tirar Isaque do carro, que tem apenas duas portas. "Os dois estavam do meu lado, mas eu pedi calma a eles para que Isaque pudesse sair do banco de trás. Também escondi o segredo do veículo dentro da bermuda para fazer com que eles demorassem mais tempo ali. Só olhava para o menino e rezava. De repente, um deles levantou a minha blusa e pegou o segredo", disse Suelen.
Ainda abalada com a barbaridade da morte de João Hélio - que teve o corpo arrastado por sete quilômetros preso ao cinto de segurança -, Márcia resolveu que ontem seu filho não usaria o dispositivo. "No trajeto, eu e Suelen vínhamos conversando sobre o crime do menino. Chocada com a tragédia, cheguei a comentar que não iria colocar o cinto no Isaque. E não coloquei mesmo. Mas ele estava no banco de trás e o carro é de duas portas. "Eu tinha que ajudá-lo a saltar", disse.
A mãe relatou ainda que, quando percebeu o assalto, a sensação foi de pavor. "No domingo, chorei muito vendo o depoimento da mãe do João. Vendo aqueles bandidos ali na nossa frente, só lembrava daquela família."
Depois que Márcia conseguiu tirar Isaque do carro, os bandidos fugiram. Testemunhas do assalto avisaram a policiais do 3º BPM (Méier). Na rua Clarimundo de Melo, em Piedade, os PMs conseguiram localizar o carro e houve perseguição e troca de tiros.
Ladrão é filho de PM
Um dos assaltantes, Luís Roberto Leal Ferreira, 24 anos, filho de um PM reformado, foi baleado no braço esquerdo e socorrido no Hospital Salgado Filho, no bairro do Méier. O outro ladrão escapou do cerco, que terminou na rua Meire, no Encantado. Suelen e Márcia foram à 24ª DP (Piedade) registrar o caso e reconheceram o bandido ferido na delegacia, para onde ele foi levado após ser medicado.
Márcia desabafou: "Apesar de tudo, meu filho não entendeu direito o que aconteceu. Logo depois do assalto, quando eu peguei ele no colo, me perguntou quem eram aqueles homens e se as armas eram de brinquedo. Eu disse que não. Que as pistolas eram de verdade e que eles não eram nossos amigos. Mas, graças a Deus, meu filho estava comigo".
Márcia voltava de um trabalho de decoração infantil no Recreio dos Bandeirantes com o filho e a sócia, Suelen Gomes Cursino, 24 anos, que dirigia o carro, um Parati. Numa ação rápida, o veículo em que estavam foi fechado por dois assaltantes que ocupavam um Fiesta roubado. "Eles estavam nervosos, arrancaram a gente do carro com violência e gritavam que iam atirar. Eu só pensava na tragédia do menino João Hélio e em como eu ia conseguir tirar meu filho do carro. Foi muito desesperador", contou Márcia.
A preocupação da amiga Suelen também era ganhar tempo para que Márcia pudesse tirar Isaque do carro, que tem apenas duas portas. "Os dois estavam do meu lado, mas eu pedi calma a eles para que Isaque pudesse sair do banco de trás. Também escondi o segredo do veículo dentro da bermuda para fazer com que eles demorassem mais tempo ali. Só olhava para o menino e rezava. De repente, um deles levantou a minha blusa e pegou o segredo", disse Suelen.
Ainda abalada com a barbaridade da morte de João Hélio - que teve o corpo arrastado por sete quilômetros preso ao cinto de segurança -, Márcia resolveu que ontem seu filho não usaria o dispositivo. "No trajeto, eu e Suelen vínhamos conversando sobre o crime do menino. Chocada com a tragédia, cheguei a comentar que não iria colocar o cinto no Isaque. E não coloquei mesmo. Mas ele estava no banco de trás e o carro é de duas portas. "Eu tinha que ajudá-lo a saltar", disse.
A mãe relatou ainda que, quando percebeu o assalto, a sensação foi de pavor. "No domingo, chorei muito vendo o depoimento da mãe do João. Vendo aqueles bandidos ali na nossa frente, só lembrava daquela família."
Depois que Márcia conseguiu tirar Isaque do carro, os bandidos fugiram. Testemunhas do assalto avisaram a policiais do 3º BPM (Méier). Na rua Clarimundo de Melo, em Piedade, os PMs conseguiram localizar o carro e houve perseguição e troca de tiros.
Ladrão é filho de PM
Um dos assaltantes, Luís Roberto Leal Ferreira, 24 anos, filho de um PM reformado, foi baleado no braço esquerdo e socorrido no Hospital Salgado Filho, no bairro do Méier. O outro ladrão escapou do cerco, que terminou na rua Meire, no Encantado. Suelen e Márcia foram à 24ª DP (Piedade) registrar o caso e reconheceram o bandido ferido na delegacia, para onde ele foi levado após ser medicado.
Márcia desabafou: "Apesar de tudo, meu filho não entendeu direito o que aconteceu. Logo depois do assalto, quando eu peguei ele no colo, me perguntou quem eram aqueles homens e se as armas eram de brinquedo. Eu disse que não. Que as pistolas eram de verdade e que eles não eram nossos amigos. Mas, graças a Deus, meu filho estava comigo".
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/242397/visualizar/
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