Ataques a bomba matam ao menos 67 em Bagdá
Uma hora antes, um pacote-bomba explodiu no mercado Bab al-Sharqi, matando cerca de dez pessoas.
As explosões ocorreram antes e depois de uma pausa de 15 minutos para marcar o primeiro aniversário de um ataque a bomba a um importante santuário xiita em Samarra.
O ataque em Samarra – ocorrido no dia 22 de fevereiro, mas há um ano no calendário islâmico – gerou uma onda de violência sectária que ainda atinge o Iraque, custando milhares de vidas a cada mês.
Antes do aniversário, nesta segunda-feira, o principal líder xiita no Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, havia pedido a seus seguidores que não respondessem ao atentado com violência contra os sunitas.
Lojas incendiadas
O mercado de Shorja já foi a principal área comercial de Bagdá, mas em meio à violenta divisão das comunidades religiosas do Iraque ela é hoje uma área de maioria xiita e um alvo para os grupos extremistas sunitas.
Segundo um relato, dois carros cheios de explosivos foram detonados, derrubando um prédio e incendiando lojas.
“Minha loja foi completamente incendiada. Eu perdi US$ 100 mil. Enquanto isso, autoridades do governo ficam sentadas calmamente em seus escritórios, grudados em suas cadeiras”, disse Mohammed Haider, dono de uma loja no local.
O mercado Bab al-Sharqi, onde ocorreu outro ataque, é um raro fenômeno em Bagdá, segundo correspondentes, por ser freqüentado tanto por sunitas quanto por xiitas. A bomba detonada estava dentro de uma mochila deixada próxima a um restaurante.
Os dois mercados atacados nesta segunda-feira ficam a menos de um quilômetro de distância entre si, ao leste do rio Tigre, e já haviam sido alvos de atentados antes.
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