STJ julga recurso da União de arquivos sobre a Guerrilha do Araguaia
No recurso especial ao STJ, a União pede que o acórdão seja anulado sob a alegação de que o Tribunal de origem não teria se manifestado sobre a aplicação de dispositivos apontados em embargos de declaração (artigos 475, I e 535, II , ambos do Código de Processo Civil - CPC). Alega também que o TRF1, ao determinar a realização da audiência, estaria violando o artigo 575, II, também do CPC, segundo o qual, a execução fundada em título judicial deve ser processada pelo juiz que decidiu a causa em primeiro grau.
Parecer do Ministério Público Federal já chegou ao STJ e recomenda provimento ao recurso da União, para que os autos retornem à primeira instância. O relator do caso é o ministro Teori Albino Zavascki.
A ação originária foi proposta por familiares de desaparecidos políticos. Além da quebra de sigilo das informações oficiais sobre a Guerrilha do Araguaia, a sentença de primeiro grau determinou que a União informe onde estão sepultados os restos mortais dos envolvidos e faça o traslado e sepultamento das ossadas.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento armado desencadeado entre 1966 e 1974, com o objetivo de derrubar o regime militar e implantar o comunismo no país. Estima-se que 59 guerrilheiros, 16 soldados do Exército e dez moradores da região foram mortos no conflito.
A sessão começa às 14h, mas não há previsão para o horário do início do julgamento. A Primeira Turma é composta, além do relator, ministro Teori Albino Zavascki, dos ministros José Delgado, Francisco Falcão, Luiz Fux e Denise Arruda.
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