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Cidades/Geral
Segunda - 12 de Fevereiro de 2007 às 10:57

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A Polícia Federal vai ouvir, entre hoje e amanhã, os depoimentos de mais dois controladores de vôo que trabalhavam no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta I) no dia 29 de setembro de 2006, quando houve o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy que provocou a morte de 154 pessoas. Os delegados Renato Sayão e Ramon de Almeida já estão em Manaus (AM).

O inquérito do acidente deve ser concluído apontando a responsabilidade compartilhada entre os controladores de vôo e Joe Lepore e Jan Paladino, piloto e co-piloto do jato Legacy, respectivamente. Os dois já foram indiciados pela Polícia Federal por negligência na condução.

Os diálogos dos pilotos, gravados pela caixa-preta do Legacy, mostram que dois minutos após o choque com o avião da Gol, eles teriam percebido que o equipamento anticolisão, chamado de TCAS, estava desligado. Nas aeronaves modernas, o transponder, que acusa a presença de outro avião na mesma rota, funciona acoplado ao TCAS. "Cara, você está com o TCAS ligado?", pergunta um deles. "É, o TCAS está desligado", responde o outro.

Para Sayão, o diálogo é insuficiente para indicar qualquer ação intencional dos pilotos, mas serviria para corroborar a interpretação de que teria havido negligência. "Os laudos poderão até indicar se os equipamentos foram de fato desligados, e em que momento isso ocorreu, mas não mostrarão se houve intenção de desligá-los", disse o delegado em entrevista à Agência Estado, em janeiro.

O inquérito também deve apontar que falhas técnicas dos equipamentos de comunicação contribuíram para o acidente. Controladores relatam a existência de um buraco negro sobre parte da região Norte onde os equipamentos de controle de tráfego aéreo e de rádio não funcionam ou funcionam precariamente.





Fonte: Olhar Direto

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