Previdência poderia ter superávit, diz secretário
Mas, o secretário considera que "essas alternativas são equivocadas, porque, numa perspectiva de visão mais ampla, o uso pela Previdência de parte dos impostos desviaria seu emprego em outras destinações sociais".
Alguns economistas, como Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UnB), apontam que a Previdência Social não teria déficit se todos os recursos previstos na Constituição fossem aplicados no setor. "A seguridade social é amplamente superavitária. O déficit só acontece porque entre outras razões, 20% dos recursos são subtraídos pela Desvinculação de Recursos da União (DRU)", afirma. "Com a retirada desse valor é que a seguridade social, constituída por previdência, saúde e assistência, fica com saldo negativo".
Helmut admite que, em todo o mundo, o sistema previdenciário urbano é teoricamente deficitário, de acordo com Helmut Schwarzer, que não vê a proteção ao trabalhador rural como "assistencialista". "Trata-se de força de trabalho responsável pela rede de segurança alimentar dirigida à área urbana e isso obviamente tem que ter um custo para a sociedade, que deve custear as políticas sociais".
Por isso, o argumento de assistencialismo, segundo ele, é superficial, porque "não capta com profundidade a questão. O que a Previdência Social tem que continuar fazendo", diz Helmut Schwarzer é "continuar aperfeiçoando seus métodos contra as fraudes, desperdícios, melhorando a gestão na área urbana e caracterizando melhor os segurados".
Nesse sentido, lembra que há uma série de projetos de lei encaminhados ao Congresso Nacional pelo ministro da pasta, Nelson Machado. O Fórum Nacional da Previdência que vai ser aberto segunda-feira à tarde pelo presidente Lula destaca Helmut Schwarzer, se destina a tratar das perspectivas de longo prazo do sistema da previdência, visando "a transformação que acontece no país ano após ano com os novos papéis que os cidadãos, homens e mulheres assumem nesse contexto.
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