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Cidades/Geral
Sábado - 10 de Fevereiro de 2007 às 09:10

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Subiu para 23 o número de municípios mato-grossenses sob vistoria, pedido formalizado e situação de emergência homologada pela Defesa Civil Estadual por causa de inundações provocadas pelas chuvas, quedas de pontes e atoleiros que interditam estradas e isolam comunidades inteiras.

Entre as cidades que nas últimas 48 horas solicitaram a presença de técnicos e vistoria da Defesa Civil para decretar situação de emergência estão Nobres, Barão de Melgaço, Nova Santa Helena e Figueirópolis D’oeste.

Em Santa Cruz do Xingu, a 1.230 quilômetros de Cuiabá (nordeste do Estado, na divisa com o Pará) há uma semana o avião é o único meio de transporte. A cidade está isolada e o prefeito Carlos Roberto Reimpel teme que comece a falta combustível e alimentos no comércio local. Outra preocupação dele é com a falta de assistência médica, já que o único hospital da região fica em Confresa, a mais de 200 quilômetros.

De acordo com Reimpel, os 370 quilômetros sem asfalto da rodovia que de acesso a Santa Cruz se transformaram em um imenso atoleiro, sem as mínimas condições de tráfego. O mesmo acontece com os 1.300 quilômetros de estradas vicinais que levam aos assentamentos, comunidades rurais, sítios e fazendas.

Ontem, duas grávidas e uma adolescente picada por cobra foram socorridas pelo avião que levou secretários estaduais para Sinop, onde esta semana o governador Blairo Maggi manteve o governo itinerante. Até o sogro do prefeito, Ivo da Silva Carvalho, que no início da semana sofreu derrame cerebral, teve de ser socorrido de avião e transportado para Cuiabá.

Reimpel reuniu-se ontem em Cuiabá com o coordenador da Defesa Civil, major Abadio José da Cunha. Ele disse que aproveitou a viagem à Capital para reforçar o pedido de socorro que formalizou dias atrás. “Estamos ilhados”, observou Reimpel.

O major Cunha observou que a exemplo de Santa Cruz do Xingu, dezenas de outros municípios estão em situação grave por causa de inundações, atoleiros, queda de pontes e rompimento de trechos de rodovias.

Em Paranatinga, as famílias que ficaram desabrigadas começaram a retornar às suas casas. Agora, a Defesa Civil está cadastrando as pessoas para que elas possam receber cestas básicas e outros serviços básicos. Lá, mais de 1.700 pessoas tiveram suas casas atingidas pelas águas que transbordaram dos rios “Corgão” e Paranatinga.

Entre outros municípios estão atingidos por enchentes e quedas de pontes e outras situações Alto Paraguai, Nova Xavantina, Pontal do Araguaia, Água Boa, Cocalinho, Nova Nazaré, Alto da Boa Vista, São Félix do Araguaia, Ipiranga do Norte e Canabrava do Norte.

Desde o início da semana, segundo major Abadio Cunha, técnicos da Defesa Civil sobrevoam regiões atingidas dando assistências aos moradores e levantando informações para subsidiar os relatórios que orientam os decretos de situação de emergência.





Fonte: Diário de Cuiabá

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