Maggi revela que não pretende expandir sua área agrícola
“Se me perguntarem se ainda quero aumentar minha área, respondo que não quero mais abri-la. Cansei de levar bordoada, tanto como produtor quanto como governador”, declarou, após dizer que “o Estado não tem condições técnicas para se transferir para perto de um porto”, reconhecendo que a logística ainda é deficitária. Maggi planta cerca de 200 mil hectares, segundo informaram fontes próximas a ele.
“O setor madeireiro terá de ser reflorestado. O futuro talvez seja plantar árvores novamente. Não podemos mais fazer afrontamento ao mercado mundial. Não somos mais donos do nosso próprio nariz. (...) É preciso estabelecer políticas sustentáveis que dêem retorno não somente a quem tem propriedades. É preciso distribuir renda”, pontuou Maggi.
A exemplo de discursos anteriores, Maggi exortou os prefeitos a se empenharem e buscarem os investimentos. “Se baixarem os impostos, vamos acabar de quebrar os municípios. Quando a coisa está ruim, temos de apertar os cintos”, recomendou.
Crítica -- Na avaliação do prefeito Nilson Leitão (PSDB), o governador Blairo Maggi foi infeliz nas colocações. “O governador não pode dizer que os prefeitos precisam buscar os empresários na marra. Os empresários reclamam da falta de estrutura. Não adianta inverter o jogo. Também não adianta comparar Sinop com Lucas do Rio Verde e com outros 40 municípios que estão fora do bioma amazônico”, criticou.
Produtor rural desde 1975 e membro do Sindicato Rural de Nova Canaã do Norte, Mario Wolf renovou a esperança. “Parece que não é mais promessa, já tem verbas e o problema ambiental está resolvido”, comentou, sobre a BR 163, cujas obras estão previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Na opinião de Wolf, os limites da expansão vão beneficiar o próprio produtor.
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