Farc e ELN tentam conciliar diferenças
Sem entrar em detalhes, o chefe guerrilheiro afirmou que os choques "são produtos de diferenças, de falta de capacidade para se resolver os problemas com maturidade entre as duas organizações, principalmente entre os comandos regionais". Ele não informou a intensidade do confronto, mas considerou exagerada a informação do vice-presidente Francisco Santos de que o ELN teria sofrido até agora 500 baixas por parte das Farc.
A guerra desatada entre as guerrilhas foi classificada por Santo como uma campanha de aniquilamento das Farc contra o ELN. De acordo com o vice-presidente, as Farc estariam agindo para retaliar o ELN devido à intenção desta última guerrilha em negociar a paz com o governo. Os conflitos ocorrem principalmente nos departamentos (Estados) de Arauca e Nariño, no nordeste e sudoeste do país, respectivamente.
García disse também que na próxima rodada de negociações com o governo, que ocorrem em Havana, "serão tratado os temas substanciais que regerão o processo de paz". De acordo com ele, a confrontação verbal protagonizada pelo presidente Álvaro Uribe pode se constituir em um obstáculo para o avanço dos diálogos.
"Consideramos que podemos avançar embora haja dificuldades devido às ameaças do governo contra dirigentes populares, dirigentes políticos e chefes da oposição", afirmou García. O ELN conta com 2.500 combatentes em suas fileiras. As Farc, por sua vez, teria cerca de 15.000 homens.
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