Negociador nuclear do Irã cancela reunião na Alemanha
Antes da divulgação da notícia, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei, havia feito um apelo ao Irã e ao Ocidente para evitarem uma "reação em cadeia descontrolada" na direção de um conflito, e disse torcer para que uma solução fosse encontrada em Munique. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deu o prazo final de 21 de fevereiro para que o Irã suspenda atividades de enriquecimento de urânio, sob risco de sofrer mais sanções financeiras.
A expectativa era de que Larijani se reunisse com autoridades alemãs e da União Européia, além de ElBaradei.
ElBaradei havia pedido aos dois lados que dessem um "tempo" simultâneo, com o Irã interrompendo a produção de combustível nuclear e as potências interrompendo as ações para impor sanções. O Irã afirma que só quer dominar a tecnologia nuclear para produzir energia elétrica com fins pacíficos. O Ocidente teme que o país queira produzir uma bomba atômica.
"Há uma necessidade urgente de diplomacia e liderança criativas", disse ElBaradei à revista Der Spiegel de sexta-feira. "Se só nos concentrarmos nas sanções, esse confronto corre o risco de acabar numa reação em cadeia descontrolada. No Oriente Médio de hoje, que é como uma barril de pólvora, é preciso tomar muito cuidado", afirmou ElBaradei, Prêmio Nobel da Paz.
O Irã prometeu para domingo um anúncio "significativo" sobre seus progressos nucleares. Os Estados Unidos, por sua vez, estão mobilizando forças no Golfo, mas dizem estar comprometidos com a diplomacia. ElBaradei sugeriu que o interlúdio durasse três meses, para dar tempo a um acordo abrangente.
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