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Nacional
Sexta - 09 de Fevereiro de 2007 às 15:01

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Ao contrário da Câmara dos Deputados, que na semana que vem realiza esforço concentrado de segunda a sexta-feira para compensar os dias parados no Carnaval, o Senado vai manter o ritmo normal de trabalho nos próximos dias. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), explicou que a rotina será mantida para os senadores uma vez que a Casa Legislativa esvaziou a pauta de votações esta semana.

"Não há necessidade de esforço porque o Senado votou tudo. O que pretendo é me reunir com os líderes partidários para definir a pauta de votações para os próximos 100 dias", disse Renan.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), promete realizar sessões deliberativas (com votações) em todos os dias úteis da próxima semana. Desde que assumiu o cargo, no dia 1º de fevereiro, Chinaglia vem impondo um ritmo acelerado de votações da Casa.

A iniciativa do petista, no entanto, esbarrou nos tradicionais impasses entre governo e oposição na Câmara. Na primeira semana de trabalhos legislativos, Chinaglia conseguiu votar a extinção de 1.050 CNEs (Cargos de Natureza Especial) da Casa. Mas não garantiu acordo para a votação do projeto que cria a Super Receita --que acabou adiada para a semana que vem por falta de acordo.

Renan disse estar disposto a elaborar pauta de votações em conjunto com a Câmara para garantir a votação de matérias essenciais ao país, como a reforma política e o pacote de medidas contra a violência.

"Vou marcar um encontro com o Chinaglia para definirmos uma pauta comum de votações. O pacote antiviolência, por exemplo, é uma questão social", afirmou.

Crise

Renan reiterou que vai convidar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, para um encontro entre os chefes dos Três Poderes.

O presidente do Senado quer acabar com o bate-boca entre membros do Judiciário e Legislativo. Esta semana, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, lançou desafio aos deputados sobre o reajuste salarial dos parlamentares.

"Vamos tentar fazer um acordo para minimizar tensões e dificuldades nas relações institucionais. Ontem falei ao telefone com a ministra Ellen. Tensões entre os Poderes não é da tradição nacional. Tudo o que o Brasil não quer é uma crise institucional", afirmou.





Fonte: Folha Online

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