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Posseiros prometem reagir entrada de índios em Suya-Missú
A decisão do juiz federal José Pires da Cunha, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, reintegrando a posse da Fazenda Suiá-Missú, na região do Vale do Araguaia, nordeste do Estado, aos índios Xavante, não encerra a disputa pela posse da terra. Posseiros – que na verdade já são fazendeiros – estão se reunindo para reagir à decisão judicial. Eles não aceitam a determinação para que deixem as terras que ocupam desde 1992. “Estamos sendo lesados com essa decisão. Queremos discutir com as autoridades esse assunto” – disse Filemon Gomes Costa Limoeiro, da Associação dos Produtores Estrela do Araguaia.
Neste final de semana, o grupo deverá deliberar várias decisões e encaminhamentos de luta para continuar ocupando as terras. Entre elas, eventuais medidas judiciais e ainda de caráter mobilizatória. A idéia é recorrer a todos os meios possíveis. Eles acreditam que a decisão se baseou em fatos que não condizem com a realidade. Como, por exemplo, a contagem populacional. “Disseram que havia 100 pessoas” – frisou. Na região em disputa, segundo Filemon, existem mais de 1.300 eleitores, conforme dados do Cartório Eleitoral.
“Vamos levantar cada dado e mostrar que fomos injustiçados” – acentuou o líder, que não admite a terminologia de “posseiros” para os ocupantes da área: “Somos pequenos produtores”. Filemon conta que são quase mil propriedades rurais nos 168 mil hectares ao longo da BR-158, que corta todo o Vale do Araguaia. As propriedades variam de 50 a mil hectares. “Muita gente foi ampliando suas posses, adquirindo de outros” – explicou.
A hipótese de um conflito, segundo ele, não está descartada. Filemon informou que há rumores na área de que os índios poderão entrar nas fazendas, com base na decisão judicial. O objetivo seriam os gados. Na região existem perto de 50 mil bovinos. “Até porque os índios não têm interesse nessas terras, que é formada por matas. Os Xavantes são índios naturalmente de cerrado” – relatou o líder rural, ao destacar que o próprio perito da 5ª Vara teve seu laudo desqualificado durante audiência de inquisição de testemunhas. “Toda a pressão está vindo da Funai e das ongs” – acentuou.
O despejo foi determinado em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso. O MPF argumentou que desde 1998 a área pertence aos índios. A disputa pela área chegou a levar o vice-presidente da República, José Alencar, em 2003, para Cuiabá para tentar uma negociação pacífica. O tráfego na BR-158 também foi interditado inúmeras vezes pelos índios como forma de reivindicar a ocupação da área.
Até a decisão desta semana, a ocupação dos fazendeiros e posseiros estava amparada em uma decisão anterior do Tribunal Regional Federal. O Tribunal decidiu que uma eventual desocupação da área seria feita após o julgamento do mérito da Ação Civil Pública. Com o julgamento do mérito, além de se retirar da área ocupada, fazendeiros e posseiros terão de fazer o reflorestamento.
O juiz José Pires da Cunha determinou também que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promova o reassentamento dos posseiros que já estão cadastrados para tomarem posse da área da Fazenda Guanabara. Os ocupantes da área, porém, não concordam em função dos investimentos já realizados na área.
Neste final de semana, o grupo deverá deliberar várias decisões e encaminhamentos de luta para continuar ocupando as terras. Entre elas, eventuais medidas judiciais e ainda de caráter mobilizatória. A idéia é recorrer a todos os meios possíveis. Eles acreditam que a decisão se baseou em fatos que não condizem com a realidade. Como, por exemplo, a contagem populacional. “Disseram que havia 100 pessoas” – frisou. Na região em disputa, segundo Filemon, existem mais de 1.300 eleitores, conforme dados do Cartório Eleitoral.
“Vamos levantar cada dado e mostrar que fomos injustiçados” – acentuou o líder, que não admite a terminologia de “posseiros” para os ocupantes da área: “Somos pequenos produtores”. Filemon conta que são quase mil propriedades rurais nos 168 mil hectares ao longo da BR-158, que corta todo o Vale do Araguaia. As propriedades variam de 50 a mil hectares. “Muita gente foi ampliando suas posses, adquirindo de outros” – explicou.
A hipótese de um conflito, segundo ele, não está descartada. Filemon informou que há rumores na área de que os índios poderão entrar nas fazendas, com base na decisão judicial. O objetivo seriam os gados. Na região existem perto de 50 mil bovinos. “Até porque os índios não têm interesse nessas terras, que é formada por matas. Os Xavantes são índios naturalmente de cerrado” – relatou o líder rural, ao destacar que o próprio perito da 5ª Vara teve seu laudo desqualificado durante audiência de inquisição de testemunhas. “Toda a pressão está vindo da Funai e das ongs” – acentuou.
O despejo foi determinado em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso. O MPF argumentou que desde 1998 a área pertence aos índios. A disputa pela área chegou a levar o vice-presidente da República, José Alencar, em 2003, para Cuiabá para tentar uma negociação pacífica. O tráfego na BR-158 também foi interditado inúmeras vezes pelos índios como forma de reivindicar a ocupação da área.
Até a decisão desta semana, a ocupação dos fazendeiros e posseiros estava amparada em uma decisão anterior do Tribunal Regional Federal. O Tribunal decidiu que uma eventual desocupação da área seria feita após o julgamento do mérito da Ação Civil Pública. Com o julgamento do mérito, além de se retirar da área ocupada, fazendeiros e posseiros terão de fazer o reflorestamento.
O juiz José Pires da Cunha determinou também que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promova o reassentamento dos posseiros que já estão cadastrados para tomarem posse da área da Fazenda Guanabara. Os ocupantes da área, porém, não concordam em função dos investimentos já realizados na área.
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/243140/visualizar/
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