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IBGE: cenário é positivo para agroindústria em 2007
A perspectiva para a agroindústria é "positiva" em 2007, que deverá ser um novo ano de recuperação para o setor, após o crescimento de 1,6% em 2006, que reverteu a queda de 1,0% apurada na produção em 2005. A expectativa é do técnico do IBGE responsável pela pesquisa de agroindústria, Fernando Abrita.
Segundo ele, o cenário é favorável porque há expectativa de crescimento na safra (9,7% ante 2006, segundo projeção do IBGE), a política de combate à febre aftosa deverá aumentar as exportações de carne e os preços da soja estão melhores do que os praticados no ano passado. Abrita explica que o crescimento da agroindústria em 2006 pode ser explicado especialmente pelo bom clima que favoreceu a safra agrícola de 116 milhões de toneladas, após a seca que determinou uma crise para o setor em 2005.
Açúcar e álcool
O aumento da demanda interna e externa por açúcar e álcool representou o principal impacto positivo para o crescimento de 1,6% na produção da agroindústria em 2006, segundo observou Abrita. Os produtos derivados da cana-de-açúcar registraram a maior expansão no ano (7,9%) entre todos os itens pesquisados.
Abrita explica que o bom desempenho foi conseqüência do aumento da fabricação de veículos bicombustíveis no País, além do crescimento das exportações de álcool e açúcar em momento de alta dos preços internacionais desses produtos. Ele lembra que o volume exportado do açúcar de cana subiu 10,6% em 2006 e o do álcool aumentou 23,1%.
Do lado negativo, os baixos preços da soja durante a maior parte do ano passado derrubaram a produção dos derivados de soja no ano (-5,0%). "A indústria de derivados da soja sofreu impactos do câmbio, da queda dos preços internacionais e da ferrugem asiática", explicou Abrita. Segundo ele, como a soja responde por 44% da safra brasileira de grãos, qualquer problema com essa cultura afeta vários segmentos agroindustriais.
Como exemplo do efeito soja, ele citou a queda de 16,7% na fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura em 2006, além do recuo, no mesmo ano, da fabricação de inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário (-8,7%).
Outro freio importante para a produção da agroindústria no ano passado foi dado pelos produtos da pecuária, com queda de 0,8%. O principal impacto para esse recuo foi dado pelas aves, cuja produção caiu 3,4% por causa da redução do consumo mundial de frango em conseqüência da gripe aviária.
A agroindústria representa cerca de 15% do total da produção industrial no País. Desde 2004, segundo mostra o IBGE, o desempenho da agroindústria vem abaixo da média da indústria em geral. Em 2004, para uma expansão de 8,3% na produção industrial do País, a agroindústria cresceu 5,3%. Em 2005 a indústria em geral cresceu 3,1% e a agroindústria caiu 1,0% e, em 2006, as expansões foram, respectivamente, de 2,8% e 1,5%.
Segundo ele, o cenário é favorável porque há expectativa de crescimento na safra (9,7% ante 2006, segundo projeção do IBGE), a política de combate à febre aftosa deverá aumentar as exportações de carne e os preços da soja estão melhores do que os praticados no ano passado. Abrita explica que o crescimento da agroindústria em 2006 pode ser explicado especialmente pelo bom clima que favoreceu a safra agrícola de 116 milhões de toneladas, após a seca que determinou uma crise para o setor em 2005.
Açúcar e álcool
O aumento da demanda interna e externa por açúcar e álcool representou o principal impacto positivo para o crescimento de 1,6% na produção da agroindústria em 2006, segundo observou Abrita. Os produtos derivados da cana-de-açúcar registraram a maior expansão no ano (7,9%) entre todos os itens pesquisados.
Abrita explica que o bom desempenho foi conseqüência do aumento da fabricação de veículos bicombustíveis no País, além do crescimento das exportações de álcool e açúcar em momento de alta dos preços internacionais desses produtos. Ele lembra que o volume exportado do açúcar de cana subiu 10,6% em 2006 e o do álcool aumentou 23,1%.
Do lado negativo, os baixos preços da soja durante a maior parte do ano passado derrubaram a produção dos derivados de soja no ano (-5,0%). "A indústria de derivados da soja sofreu impactos do câmbio, da queda dos preços internacionais e da ferrugem asiática", explicou Abrita. Segundo ele, como a soja responde por 44% da safra brasileira de grãos, qualquer problema com essa cultura afeta vários segmentos agroindustriais.
Como exemplo do efeito soja, ele citou a queda de 16,7% na fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura em 2006, além do recuo, no mesmo ano, da fabricação de inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário (-8,7%).
Outro freio importante para a produção da agroindústria no ano passado foi dado pelos produtos da pecuária, com queda de 0,8%. O principal impacto para esse recuo foi dado pelas aves, cuja produção caiu 3,4% por causa da redução do consumo mundial de frango em conseqüência da gripe aviária.
A agroindústria representa cerca de 15% do total da produção industrial no País. Desde 2004, segundo mostra o IBGE, o desempenho da agroindústria vem abaixo da média da indústria em geral. Em 2004, para uma expansão de 8,3% na produção industrial do País, a agroindústria cresceu 5,3%. Em 2005 a indústria em geral cresceu 3,1% e a agroindústria caiu 1,0% e, em 2006, as expansões foram, respectivamente, de 2,8% e 1,5%.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/243155/visualizar/
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