Apenas 6 estádios da Série A terão público na Itália
Na primeira divisão, têm condição receber público o Estádio Olímpico de Roma (usado por Roma e Lazio), o Luigi Ferraris, em Gênova (da Sampdoria), o Olímpico de Turim (Torino), o Sant'Elia, em Cagliari, o Artemio Franchi, em Siena, e o Renzo Barbera, em Palermo. Entre os estádios vetados, os mais ilustres são o San Siro/Giuseppi Meazza, em Milão, e o San Paolo, em Nápoles - que sediaram as duas semifinais da Copa do Mundo de 1990.
Alguns outros estádios da segunda e terceira divisões poderão receber público por terem capacidade menor que o estabelecido pelas normas de aplicação do decreto Pisanu, de 2005, que aponta as especificações e só passou a ser aplicado para valer agora, depois dos incidentes no clássico da Sicília que provocaram a paralisação do futebol no país.
Outra regra estabelecida pelo conselho de ministros que aprovou o decreto de lei com as normas de segurança foi fixar que todas as partidas sejam disputadas durante o dia. Na próxima rodada do Italiano, marcada para domingo, terão público os seguintes jogos: Roma x Parma, Sampdoria x Ascoli, Cagliari x Siena, Torino x Reggina e Palermo x Empoli. Com portões fechados, se enfrentam: Atalanta x Lazio, Chievo x Inter de Milão, Fiorentina x Udinese, Messina x Catania e Milan x Livorno - que deve ter a estréia de Ronaldo pela equipe de Milão.
Não por acaso, os dirigentes do Milan são os mais irritados com a decisão. "É injusto fechar um estádio como o San Siro, no qual foram gastos mais de € 20 milhões com obras de segurança", disparou o administrador do Milan, Adriano Galliani. "Como um jogador pode se entusiasmar numa partida com o estádio vazio?", questionou o volante Gattuso.
Menor suspeito - A polícia italiana informou hoje que um torcedor de 17 anos é o principal suspeito pela morte do policial Filippo Raciti, de 38 anos, crime que, somado a toda a confusão anterior, durante e após o jogo entre Catania e Palermo, foi o estopim das mudanças no futebol do país.
O suspeito foi detido ontem com mais três garotos - todos foram identificados por fotografias e imagens de televisão. Ao todo, 34 pessoas já foram detidas desde que Raciti foi morto. Ele tentava ajudar a controlar a confusão quando foi atingido por um objeto ainda não identificado - acredita-se que por uma pedra ou um foguete sinalizador. Segundo a imprensa italiana, o menor investigado já era conhecido pela polícia por ter participado de outros atos de vandalismo.
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