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Candidato de Dirceu é escolhido líder do PT na Câmara
Apesar de estar oficialmente fora da vida parlamentar, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu teve uma vitória hoje com a escolha do deputado Luiz Sérgio (RJ) para o posto de líder do PT na Câmara. Outros dois candidatos, os pernambucanos Maurício Rands e Fernando Ferro, abriram mão de suas candidaturas e deverão ser vice-líderes. Rands assumirá a liderança em 2008.
Até a desistência dos dois candidatos, a disputa refletiu as divergências internas do PT. Luiz Sérgio tinha o apoio do Campo Majoritário, grupo ligado a Dirceu, ao ex-ministro e deputado Antonio Palocci e ao presidente do partido, Ricardo Berzoini, entre outros. Rands, embora seja do Campo Majoritário, apresentou-se como independente e tinha a simpatia dos deputados ligados ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que luta para criar um novo grupo político no comando do PT. Ferro, do Movimento PT, apresentava-se como a alternativa "à hegemonia do Campo Majoritário".
Questionado sobre sua amizade com José Dirceu, Luiz Sérgio disse que o ex-ministro "é uma liderança importante". O novo líder não quis comentar a possibilidade de o partido apoiar um projeto de anistia de José Dirceu. "A proposta de anistia do José Dirceu só existe na cabeça do Zé e na pauta da imprensa", afirmou. "Minha convivência com José Dirceu foi uma convivência de deputados federais. Considero todos os deputados do PT meus amigos", disse Luiz Sérgio.
O acordo fechado para evitar a disputa no voto prevê que deputados de outras tendências, fora do Campo Majoritário, assumirão as presidências das três comissões permanentes da Câmara a que o PT tem direito. A mais importante delas, de Finanças e Tributação, deverá ser entregue a Cláudio Vignatti (PT-SC), da Articulação de Esquerda. Os outros dois presidentes serão escolhidos quando o PT souber as comissões que caberão ao partido. Provavelmente, ficará com Desenvolvimento Urbano e Direitos Humanos.
Com Luiz Sérgio, o Campo Majoritário ganha mais espaço, pois até hoje a liderança da bancada era ocupada pelo independente Henrique Fontana (RS). Para José Dirceu em particular, é mais uma conquista, depois da eleição do petista Arlindo Chinaglia (SP) para a presidência da Câmara, em vitória sobre o governista Aldo Rebelo (PC do B-SP). À distância, Dirceu teve papel importante em favor de Chinaglia.
Já na tarde de hoje Rands anunciava a "inclinação" a aceitar um acordo com Luiz Sérgio. Embora Chinaglia seja integrante do Movimento PT, tendência de Fernando Ferro, o presidente da Câmara disse que não se envolveria na disputa pela liderança. "Não tenho candidato", despistou, ao deixar a reunião da bancada, pela manhã.
À tarde, Chinaglia chegou a brincar com Luiz Sérgio, a quem chamou de novo líder, durante a sessão no plenário. O presidente da Câmara cumprimentou o deputado do Rio pelo novo cargo, mas Luiz Sérgio desconversou. "Ainda preciso do seu voto", respondeu a Chinaglia.
Luiz Sérgio foi confirmado na liderança às 20h30. Anunciou que a aprovação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é a prioridade absoluta da bancada e dos partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Precisamos ser protagonistas dessa luta", disse o líder.
Fernando Ferro disse que desistiu da candidatura depois de ouvir do grupo de Luiz Sérgio o compromisso de que "haverá uma divisão de responsabilidades no partido". Rands apontou a escolha do deputado do Rio como uma vitória "do PT, do governo, de todos nós."
Resolvida a sucessão na liderança, o PT dedica-se agora a dividir os deputados pelas comissões permanentes. A mais importante delas, de Constituição e Justiça, que será presidida pelo PMDB, deverá ter entre seus integrantes petistas acusados pelo deputado cassado Roberto Jefferson de envolvimento com o mensalão. Pela divisão que vigorava ontem, ocuparão a CCJ os paulistas José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha, entre outros.
Até a desistência dos dois candidatos, a disputa refletiu as divergências internas do PT. Luiz Sérgio tinha o apoio do Campo Majoritário, grupo ligado a Dirceu, ao ex-ministro e deputado Antonio Palocci e ao presidente do partido, Ricardo Berzoini, entre outros. Rands, embora seja do Campo Majoritário, apresentou-se como independente e tinha a simpatia dos deputados ligados ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que luta para criar um novo grupo político no comando do PT. Ferro, do Movimento PT, apresentava-se como a alternativa "à hegemonia do Campo Majoritário".
Questionado sobre sua amizade com José Dirceu, Luiz Sérgio disse que o ex-ministro "é uma liderança importante". O novo líder não quis comentar a possibilidade de o partido apoiar um projeto de anistia de José Dirceu. "A proposta de anistia do José Dirceu só existe na cabeça do Zé e na pauta da imprensa", afirmou. "Minha convivência com José Dirceu foi uma convivência de deputados federais. Considero todos os deputados do PT meus amigos", disse Luiz Sérgio.
O acordo fechado para evitar a disputa no voto prevê que deputados de outras tendências, fora do Campo Majoritário, assumirão as presidências das três comissões permanentes da Câmara a que o PT tem direito. A mais importante delas, de Finanças e Tributação, deverá ser entregue a Cláudio Vignatti (PT-SC), da Articulação de Esquerda. Os outros dois presidentes serão escolhidos quando o PT souber as comissões que caberão ao partido. Provavelmente, ficará com Desenvolvimento Urbano e Direitos Humanos.
Com Luiz Sérgio, o Campo Majoritário ganha mais espaço, pois até hoje a liderança da bancada era ocupada pelo independente Henrique Fontana (RS). Para José Dirceu em particular, é mais uma conquista, depois da eleição do petista Arlindo Chinaglia (SP) para a presidência da Câmara, em vitória sobre o governista Aldo Rebelo (PC do B-SP). À distância, Dirceu teve papel importante em favor de Chinaglia.
Já na tarde de hoje Rands anunciava a "inclinação" a aceitar um acordo com Luiz Sérgio. Embora Chinaglia seja integrante do Movimento PT, tendência de Fernando Ferro, o presidente da Câmara disse que não se envolveria na disputa pela liderança. "Não tenho candidato", despistou, ao deixar a reunião da bancada, pela manhã.
À tarde, Chinaglia chegou a brincar com Luiz Sérgio, a quem chamou de novo líder, durante a sessão no plenário. O presidente da Câmara cumprimentou o deputado do Rio pelo novo cargo, mas Luiz Sérgio desconversou. "Ainda preciso do seu voto", respondeu a Chinaglia.
Luiz Sérgio foi confirmado na liderança às 20h30. Anunciou que a aprovação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é a prioridade absoluta da bancada e dos partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Precisamos ser protagonistas dessa luta", disse o líder.
Fernando Ferro disse que desistiu da candidatura depois de ouvir do grupo de Luiz Sérgio o compromisso de que "haverá uma divisão de responsabilidades no partido". Rands apontou a escolha do deputado do Rio como uma vitória "do PT, do governo, de todos nós."
Resolvida a sucessão na liderança, o PT dedica-se agora a dividir os deputados pelas comissões permanentes. A mais importante delas, de Constituição e Justiça, que será presidida pelo PMDB, deverá ter entre seus integrantes petistas acusados pelo deputado cassado Roberto Jefferson de envolvimento com o mensalão. Pela divisão que vigorava ontem, ocuparão a CCJ os paulistas José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha, entre outros.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/243354/visualizar/
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