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Internacional
Quarta - 07 de Fevereiro de 2007 às 23:46

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O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, disse que agora há "sinais claros" de compromisso em torno de um acordo global para a remoção de barreiras ao comércio de produtos agrícolas e industriais. Discursando na reunião do Conselho Geral da OMC em Genebra, Lamy afirmou: "Tenho o prazer de relatar algumas boas notícias: retomamos nossas negociações sobre todos os setores. As condições políticas agora são mais favoráveis à conclusão da Rodada Doha do que vinham sendo há bastante tempo".

O avanço das negociações, porém, depende de duas decisões importantes em um único país, os EUA, onde o Congresso vai decidir se prorroga a autoridade do presidente George W. Bush para negociar acordos comerciais com outros países e se aprova a nova lei agrícola ("farm bill"), cujo projeto foi recebido sem entusiasmo por parceiros importantes, como a Europa e o Brasil. O representante dos EUA, Peter Allgeier, disse aos participantes da reunião da OMC que Washington está pronta a oferecer reduções maiores dos programas de apoio aos agricultores norte-americanos do que os previstos no projeto da lei agrícola. Ele ressalvou que concessões adicionais dos EUA dependem de ofertas melhores por parte de outros países no que se refere a subsídios agrícolas e tarifas.

Para o embaixador brasileiro Clodoaldo Hugueney, "há alguns elementos positivos nessa proposta, mas ela não atende à necessidade de cortes substanciais reais. Não há nela as muitas mudanças que nós esperávamos". Ele acrescentou que a discussão da nova lei agrícola no Congresso dos EUA "é um debate interno que levará meses. A esperança é que teremos resultados aqui, nas negociações da Rodada Doha, e que o resultado seja incorporado à lei norte-americana". As informações são da Dow Jones.





Fonte: AE

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