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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 07 de Fevereiro de 2007 às 14:54

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Uma das ferramentas de seleção de genética bovina à disposição do pecuarista é a ultra-sonografia para avaliação de carcaça bovina. Ela permite verificar o rendimento de carcaça (musculosidade), a espessura de gordura (acabamento do animal), o grau de marmorização (gordura entremeada) - referência para a qualidade da carne -, e até mesmo o rendimento de desossa.

Segundo o veterinário Fabiano Araújo, da Aval Serviços Tecnológicos, de Uberaba (MG), essas características são importantes como critérios de seleção, uma vez que garantem melhor competitividade, além de outros benefícios não contabilizados, como aumento de índice de eficiência reprodutiva e precocidade sexual. "Animais com melhor acabamento perdem menos peso na entressafra", diz.

Desde 2002, a Aval trabalha em conjunto com o Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN), da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), desenvolvido pela USP de Ribeirão Preto. Nesse período, 8.461 animais foram avaliados por meio da ultra-sonografia, produzindo informações de Diferenças Esperadas de Progênies (DEPs) para mais de 157 mil animais da raça nelore.

"Por meio do ultra-som, tem sido possível identificar animais geneticamente superiores para as características de carcaças , conforme as exigências do mercado", destaca e acrescenta que o nelore tem demonstrado potencial para a produção de carne de alta qualidade, com boa coloração, sabor, suculência e maciez." Ferramenta para a escolha de touros Grupo OB, produtor de genética nelore-mocho em Pontes e Lacerda (MT), utiliza a ultra-sonografia desde 2002. O veterinário da empresa, Fernando Manicardi, avalia essa ferramenta como muito importante para a seleção de animais com maior musculatura e precocidade de acabamento.

"O ultra-som mede o tamanho do contrafilé. Quanto maior esta medida, maior será o rendimento de carcaça do animal no frigorífico", explica. "É o que chamamos de rendimento de carcaça." A medição é feita no animal vivo, entre a 12ª e a 13ª costela, em cima do contrafilé.

No contrafilé também é aferida a espessura de gordura de acabamento, importante para proteger a carcaça do frio pós-abate no frigorífico. "Além de manter a coloração da carne, a gordura não permite que a mesma fique mais dura pós-abate", observa Manicardi.

Ele acrescenta que essa medição é um parâmetro para a seleção de touros mais precoces. Ele conta que quando um criador quer escolher touro OB para utilizar seu rebanho, ele tem à disposição a avaliação genética para essas características.





Fonte: Agência Estado

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