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Economia
Quarta - 07 de Fevereiro de 2007 às 05:59

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O programa de reestruturação da operadora de telefone celular Vivo em Mato Grosso iniciado no final de 2004 resultou em 75 demissões até o início deste mês, e segundo o Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos de Mato Grosso (Sinttel/MT), a empresa deverá demitir outros 15 funcionários este ano. "São conversas de bastidores, mas percebemos que a empresa chegará em pouco tempo com o quadro de trabalhadores reduzido a 90 pessoas, metade do que tinha em 2004", revela o presidente da entidade, Lauro Benedito de Siqueira. Para protestar o sindicato deflagrou desde sexta-feira passada a campanha publicitária "Patrão Vivo, Trabalhador Morto".

"Inicialmente tinha-se um diretor em cada Estado, na sequência mudou-se para um por região e ao final de 2006 dispensaram os diretores dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre, alterando a direção regional da empresa", diz o líder sindical.

A indignação do presidente do Sinttel é a substituição dos trabalhadores antigos, concursados da antiga Telemat, por mão-de-obra terceirizada. Conforme Siqueira, um atendente de loja ganhava em torno de R$ 2,5 mil e um terceirizado recebe R$ 803, em média. A Vivo dispensou funcionários com mais de 20 anos de carreira, alguns até prestes a se aposentar", lamenta.

A ex-gerente da Vivo, Marli Pelissari, foi uma das demitidas e afirma que entende que a companhia fez o necessário para equilibrar as finanças. "Não tinha outra saída, a empresa fez a reestruturação, isso é normal em qualquer lugar".

O diretor regional da Vivo para o Centro-Oeste, João Truran, rebate as informações do Sinttel-MT e afirma que foram dispensados cerca de 17% do quadro de funcionários, ou seja, 21 pessoas no ano passado, do total de 121. Ele descarta que o posicionamento da empresa seja motivado por queda nas vendas. "Pelo contrário, as vendas em Mato Grosso estão ótimas (sem revelar dados), o que houve foi a centralização administrativa em Goiânia". Ele desconhece a onda de demissões desde 2004 e garante que não está programada novas dispensas este ano.




Fonte: A Gazeta

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