Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 06 de Fevereiro de 2007 às 16:53

    Imprimir


Os secretários da Agricultura do Rio Grande do Sul e Santa Catarina redigiram hoje, durante reunião na capital gaúcha, uma carta conjunta que será enviada ao Ministério da Agricultura (Mapa) pedindo medidas de proteção na fronteira com a Bolívia para evitar risco de exposição do rebanho brasileiro à febre aftosa, detectada no país vizinho.

Entre os Estados que fazem divisa com a Bolívia, Acre e Rondônia representam uma preocupação adicional porque estão autorizados, conforme orientação do Mapa, a vender carne com osso ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, o produto não pode ingressar por força de uma portaria estadual, mas os catarinenses acompanham a norma federal e recebem carne com osso de Rondônia. O produto é considerado um veículo potencial de transporte do vírus, que pode ficar alojado no osso.

Além de discutir a situação da Bolívia, o secretário da Agricultura de Santa Catarina, Antônio Ceron, pediu a reunião de hoje com o colega do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado, para apresentar uma reivindicação. Ceron pediu que seu Estado seja autorizado a vender carne com osso para o Rio Grande do Sul, o que ainda não é possível, apesar de Santa Catarina ter situação sanitária de área livre de aftosa sem vacinação. "Na próxima reunião (da cadeia produtiva) vamos analisar", disse Machado, sem fixar data, argumentando que a situação vai evoluir de acordo com os desdobramentos na Bolívia. Santa Catarina também solicitou ao Rio Grande do Sul autorização para a entrada de animais vivos destinados à exposições e venda.

A portaria 200, editada em julho de 2006 e que ainda está em vigor, regula a entrada de animais suscetíveis à aftosa e produtos derivados no Rio Grande do Sul. Ela foi editada na seqüência de outras normas adotadas após os focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, em 2005. O Paraná cobra permissão para vender carne ao Rio Grande do Sul. O governo gaúcho discute a possível modificação da regra, mas o secretário não quis adiantar qual pode ser a abrangência das mudanças. Durante reunião ontem, no entanto, o secretário informou a integrantes da cadeia produtiva que a intenção é liberar a entrada de carne sem osso e maturada do Paraná. Machado prometeu discutir a medida com a governadora Yeda Crusius (PSDB) entre hoje e amanhã. A decisão do Estado será informada amanhã ao Paraná.





Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/243665/visualizar/