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Vento de 63 km/h pode causar desabamento de Engenhão, revela prefeitura
Um vento de 63 km/h pode causar o desabamento da cobertura do Engenhão. Essa é uma das principais conclusões do relatório feito pela consultoria alemã SBP (Schlaich Bergermann und Partner), contratada pelo consórcio construtor do estádio para verificar a segurança do local.
Engenhão, em entrevista coletiva concedida da Prefeitura do Rio. Foi o relatório da SBP que motivou a decisão do prefeito Eduardo Paes de interditar por tempo indeterminado o estádio.
“O relatório da SBP diz que há um risco na condição de vento acima de 63 km/h”, disse Vidigal. “Como é um evento mais frequente, você não pode conviver com esse risco. O estádio não pode ser utilizado.”
De acordo com a prefeitura do Rio e o Consórcio Engenhão, o estádio tem problemas na cobertura desde sua inauguração, em 2007. Isso porque os arcos que sustentam o teto da arena acabaram se deslocando mais do que o esperado no processo de retirada das escoras que o seguravam durante as obras.
Já em 2009, foi concluído que o Engenhão deveria ser interditado em dias de ventos com mais de 115 km/h. Em 2011, entretanto, a SBP iniciou uma nova investigação sobre o assunto. Ela verificou que existem risco nos casos de ventos de 63 km/h, bem mais frequentes do que os ventos de 115 km/h. “Um vento de mais de 63 km/h poderia levar à ruína”, afirmou Vidigal.
O Engenhão começou a ser construído em 2003 já visando aos Jogos Pan-Americanos de 2007. Na época, a construtora responsável era a Delta, empresa que chegou a ser investigada em uma CPI.
Tempo depois, a Delta abandonou a obra. A Odebrecht e a OAS se juntaram, criaram o Consórcio Engenhão e assumiram a construção do estádio.
Em 2007, o Engenhão foi concluído. Recebeu as provas de atletismo e alguns jogos de futebol do Pan.
O estádio custou R$ 380 milhões. Cerca de três anos depois da sua inauguração, entretanto, foram divulgados as primeiras informações sobre problemas na sua construção.
Em 2010, o Botafogo, que assumiu a administração do estádio, enviou à Prefeitura do Rio um relatório apontando rachaduras e outras falhas na estrutura do espaço. A prefeitura convocou o Consórcio Engenhão e exigiu o conserto dos defeitos sem ônus aos cofres públicos.
No ano passado, indícios de novos problemas estruturais foram identificados. Em agosto, a Riourbe criou um grupo de trabalho para apurar “vícios construtivos” no estádio.
Meses depois, o estádio foi interditado. A prefeitura pediu até 60 dias para estudar os problemas no local para definir as obras necessárias para consertá-lo. Não há uma previsão para liberação.
*Com agências internacionais
Fonte:
Do UOL, no Rio de Janeiro
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/24368/visualizar/
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