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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 06 de Fevereiro de 2007 às 10:26

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O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, determinou a abertura de investigação para apurar os procedimentos da PM durante manifestação contra o aumento da tarifa do transporte realizada na sexta-feira (02) na ponte do rio Coxipó, em Cuiabá, que terminou com a prisão de 12 pessoas e diversas agressões contra jovens, mulheres e crianças.

Brito tomou a decisão hoje à tarde diante da apresentação de denúncia de representantes de movimentos sociais contra a violência cometida por cerca de 50 PMs sob o comando dos coronéis Taboreli e Farias. A representação, recheada de imagens das agressões, acusa os militares de abuso de autoridade, tortura e formação de quadrilha, uma vez que se trabalha com a hipótese de que a violenta ação da corporação se deu em descompasso com as determinações do governador Blairo Maggi e do secretário.

“Determinei a abertura para apurar a conduta dos militares. Toda pessoa tem de ser livre para se manifestar, para expressar sua opinião, respeitando os demais. Confirmando-se o desrespeito ao cidadão, as punições serão aplicadas”, falou Brito.

Ele recebeu em seu gabinete representantes das associações de moradores do Residencial Sucuri e Jardim Vitória, CLTP (Comitê de Luta pelo Transporte Público), DCE (Diretório Central dos Estudantes da UFMT) e CUFA (Central Única das Favelas). Também participaram da reunião membros de entidades solidárias às vítimas, como Sintep Mato Grosso (Sindicato dos Trabalhadores na Educação), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Diretório Municipal de Cuiabá do PT e Sindicato dos Bancários de Mato Grosso.

A comissão protocolou em seguida representação de caráter criminal contra a PM junto à Procuradoria Geral de Justiça. Os representantes foram recebidos pelo promotor da Vara de Defesa da Cidadania, Alexandre Guedes, em substituição ao procurador-geral Paulo Prado, que estava em reunião com membros do colegiado do Ministério Público Estadual.

“O Ministério Público não compactua e não admite violência contra o cidadão. Estamos preocupados com esse caso e com o fato de que na semana passada um líder sindical foi agredido por portar um informativo que se referia a deputados acusados pelo MP de desvio de dinheiro público. O livre direito de manifestação deve ser respeitado”, falou Guedes.

O grupo de entidades também encaminhará a representação à Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados Seccional Cuiabá) para que a instituição acompanhe o caso. “Já comuniquei nosso interesse em que a OAB participe dessa empreitada e obtive resultado positivo”, falou Vilson Nery, advogado dos manifestantes.





Fonte: Olhar Direto

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