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Produtores não pagarão dívidas
Próximo ao término da colheita da safra 2006/2007, sojicultores dos principais pólos produtores de Mato Grosso já sinalizam que o lucro obtido com o plantio da oleaginosa não será suficiente para arcar com o pagamento das dívidas renegociadas das safras passadas. O ganho dará apenas para arcar com os custos da produção atual.
Isso significa que os produtores terão recursos para pagar somente os R$ 800 milhões captados junto ao Banco do Brasil para o custeio desta safra. A previsão é de que ficarão para trás os 20% repactuados das dívidas das safras anteriores, de R$ 1,8 bilhão, parcelados em 5 anos. A estimativa vale também para os débitos com as tradings.
Os empresários rurais já começaram as articulações para pedir novos prazos e ampliar o número de parcelas das dívidas passadas. "Não teremos dificuldades em saldar o custeio da safra 2006/2007, mas não há condições de pagar a prorrogação da dívida e investimentos de anos anteriores. O produtor não terá liquidez para honrar todos os compromissos", revela o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Sapezal, José Guarino Fernandes.
A opinião engrossa o coro dos demais agricultores e presidentes de sindicatos dos principais municípios produtores da oleaginosa, como Campos de Júlio, Campo Novo do Parecis, Diamantino, Sorriso, Sinop, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde. "Não temos renda para arcar com tudo", aponta o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Júlio Cinpak. "O pouco do que sobrar após o pagamento do custeio dessa safra, o produtor deverá aplicar em melhorias na fazenda, não há como arcar com os débitos anteriores", afirma o sojicultor de Primavera do Leste, Jaime Coradini.
O superintendente de varejo do Banco do Brasil em Mato Grosso, Renato Barbosa, desconhece o posicionamento dos agroempresários e qualquer possibilidade de mais uma prorrogação dos débitos. "As expectativas para a atual safra estão absolutamente normais, as lavouras não apresentaram perdas com ferrugem asiática, a lucratividade deve ser maior do que na safra passada, os preços da commodity tiveram recuperação no mercado internacional. Está um "céu de brigadeiro" para a soja, assim não se justifica deixar de pagar o banco". A 1ª parcela dos 20% da renegociação começa a vencer em julho.
A Associação Brasileira de Empresas de Trading (Abece) não quis comentar o assunto e um dos diretores da entidade, José Alberto de Souza, afirma que as dívidas dos produtores é assunto particular de cada empresa e não da associação, embora algumas entidades tenham entrado com ações judiciais em 2006 contra os produtores rurais cobrando o pagamento dos débitos de custeio agrícola, onde a maior fatia é financiada pelas multinacionais.
Isso significa que os produtores terão recursos para pagar somente os R$ 800 milhões captados junto ao Banco do Brasil para o custeio desta safra. A previsão é de que ficarão para trás os 20% repactuados das dívidas das safras anteriores, de R$ 1,8 bilhão, parcelados em 5 anos. A estimativa vale também para os débitos com as tradings.
Os empresários rurais já começaram as articulações para pedir novos prazos e ampliar o número de parcelas das dívidas passadas. "Não teremos dificuldades em saldar o custeio da safra 2006/2007, mas não há condições de pagar a prorrogação da dívida e investimentos de anos anteriores. O produtor não terá liquidez para honrar todos os compromissos", revela o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Sapezal, José Guarino Fernandes.
A opinião engrossa o coro dos demais agricultores e presidentes de sindicatos dos principais municípios produtores da oleaginosa, como Campos de Júlio, Campo Novo do Parecis, Diamantino, Sorriso, Sinop, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde. "Não temos renda para arcar com tudo", aponta o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Júlio Cinpak. "O pouco do que sobrar após o pagamento do custeio dessa safra, o produtor deverá aplicar em melhorias na fazenda, não há como arcar com os débitos anteriores", afirma o sojicultor de Primavera do Leste, Jaime Coradini.
O superintendente de varejo do Banco do Brasil em Mato Grosso, Renato Barbosa, desconhece o posicionamento dos agroempresários e qualquer possibilidade de mais uma prorrogação dos débitos. "As expectativas para a atual safra estão absolutamente normais, as lavouras não apresentaram perdas com ferrugem asiática, a lucratividade deve ser maior do que na safra passada, os preços da commodity tiveram recuperação no mercado internacional. Está um "céu de brigadeiro" para a soja, assim não se justifica deixar de pagar o banco". A 1ª parcela dos 20% da renegociação começa a vencer em julho.
A Associação Brasileira de Empresas de Trading (Abece) não quis comentar o assunto e um dos diretores da entidade, José Alberto de Souza, afirma que as dívidas dos produtores é assunto particular de cada empresa e não da associação, embora algumas entidades tenham entrado com ações judiciais em 2006 contra os produtores rurais cobrando o pagamento dos débitos de custeio agrícola, onde a maior fatia é financiada pelas multinacionais.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/244085/visualizar/
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