Remédios são desperdiçados em Chapada; prefeito culpa antecessor
Os vereadores da cidade receberam a denúncia e checaram in loco. Diante da situação, acionaram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. O delegado Bruno Barcelos acredita que a situação pode configurar crime de improbidade administrativa. “Vamos investigar como e porque os medicamentos acabaram naquele depósito” prometeu.
O presidente da Câmara Municipal Carlos Eduardo (PT) exige explicações da secretaria de Saúde e da administração municipal. A vereadora Cassilda Siqueira (PP) afirma que não existe justificativa para o descarte de medicamentos que deveriam ser utilizados pelas pessoas que buscam atendimento na rede pública.
Atualmente, Chapada conta com 7 postos do Programa Saúde da Família (PSF), sendo três instalados no município e o restante na zona rural. O reflexo do desperdício é a falta de medicamentos como amoxilina. Embora não esteja sendo oferecido à população, alguns lotes do remédio estão depositados aguardando o descarte.
A enfermeira responsável Marilena Aburad concorda com a apuração dos fatos. Ela alega que recém assumiu o posto na secretaria municipal da Saúde e que desconhece os procedimentos da gestão anterior.
O atual prefeito José Neves (PSDB) culpa a gestão passada. O tucano alega que assumiu o município em situação precária. “Os remédios vencidos foram comprados em excesso, sem o devido planejamento. Os lotes que ainda estão no prazo de validade foram armazenados em condições inadequadas, o que impede a utilização”, justificou.
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