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Internacional
Segunda - 05 de Fevereiro de 2007 às 02:45

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Dois incêndios ocorridos no sábado no Chile, um no setor histórico do porto de Valparaíso e outro em uma pousada da cidade de Punta Arenas, deixaram até o momento 13 mortos, mas, de acordo com as autoridades neste domingo, esse número pode aumentar à medida que prosseguem os trabalhos de resgate.

Dez turistas - uma família argentina de quatro pessoas, dois casais alemães, uma turista canadense e uma australiana - morreram no incêndio que na madrugada de sábado destruiu o pequeno hotel Blue House, situado no centro de Punta Arenas, 2 mil km ao sul de Santiago.

As autoridades de Punta Arenas divulgaram neste domingo as identidades dos argentinos e alemães, mas não das duas turistas, que terão seus restos examinados novamente a pedido da embaixada australiana.

As vítimas identificadas até o momento são os argentinos Esteban Omar Torales, Jorgelina Díaz e seus filhos Franco Esteban e Facundo; e os dois casais de alemães Jennifer Küssel e Philippe Bayer, e Peter König e Maria Katharina König, informou o governo.

Segundo as primeiras informações, os hóspedes morreram por asfixia ao inalar monóxido de carbono enquanto dormiam. Outros 11 turistas conseguiram se salvar.

O incêndio ocorreu por causa de uma falha elétrica. O hotel não tinha detectores de fumaça, informaram os bombeiros.

Outras três pessoas morreram no porto de Valparaíso, situado a oeste de Santiago, em um incêndio que destruiu quatro edifícios do setor histórico dessa cidade declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2003.

"Foram três os mortos encontrados entre os escombros pelas equipes de resgate que trabalham no local do incêndio", informou neste domingo o Departamento Nacional de Emergências do Ministério do Interior.

"Dadas as condições dos corpos, não foi possível ainda determinar sua identidade", acrescenta. Os corpos foram achados totalmente calcinados.

Versões da imprensa local assinalam que pelo menos cinco pessoas se encontram ainda presas sob os escombros.

O relatório oficial também indica 15 feridos, mas a imprensa eleva a cifra para mais de 35.

O incêndio aconteceu após uma forte explosão, causada por um vazamento de gás ocorrido no início da manhã de sábado e que atingiu quatro edifícios. Dois deles, habitados por cerca de 50 famílias, desabaram.

A onda expansiva da deflagração também quebrou vidros e causou rachaduras em prédios vizinhos.

A presidente Michelle Bachelet interrompeu suas férias no sábado para ir até o local da tragédia. Ela anunciou medidas assistenciais para os desabrigados do incidente.

Moradores dos prédios que pegaram fogo disseram que, várias horas antes da explosão, informaram a concessionária responsável sobre um forte cheiro de gás.

A empresa local GasValpo garantiu que recebeu a primeira chamada às 6h43 da manhã e que 42 minutos depois sua equipe de emergência chegou ao lugar. A explosão ocorreu às 8h20.

Bachelet disse aos jornalistas que é necessário que "se faça uma investigação séria" para determinar as causas do incêndio. "Vamos esperar os resultados da investigação", frisou Bachelet. "Não me compete especular sobre as causas do incêndio", acrescentou ela.

Bachelet comentou que fará com que os organismos públicos canalizem ajuda para as vítimas do incêndio, seja para a aquisição de novas moradias, seja para a obtenção de crédito para reconstruir as pequenas empresas que funcionavam nas dependências que pegaram fogo e foram destruídas.




Fonte: AFP

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