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Economia
Domingo - 04 de Fevereiro de 2007 às 15:55

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Quem perdeu a chance de conseguir um emprego no período do Natal, ainda que temporário, tem agora a oportunidade de tirar a sorte grande --ou melhor, o "ovo recheado"- com as vagas de Páscoa.

Dos 48,7 mil postos no Brasil, mais de 15 mil estão em São Paulo, segundo cálculos da Asserttem (associação de empresas de trabalho temporário).

"A Páscoa é o terceiro evento que mais contrata reforços temporários, após o Natal e o Dia das Mães", afirma Vander Morales, diretor da entidade.

Na chocolataria Fachga, por exemplo, o quadro de funcionários, de 22 pessoas, passa para 52 nesse período.

Ainda que a oferta de vagas pareça farta, é importante que o candidato não a subestime, pois a concorrência é grande. Para tanto, o segredo, recomendam consultores de RH, é evitar os erros mais cometidos.

"Uma das inadequações mais comuns é julgar que o emprego temporário seja apenas um "bico". O entrevistador percebe na hora a desmotivação", ressalta Sidnei de Castro, consultor da Merger, empresa de seleção.

Atenta a isso, Heide Gomes de Souza, 25, contratada no começo de janeiro para trabalhar numa fábrica de chocolates até abril, comenta que a empolgação pode ser um diferencial.

"Eu queria muito esse emprego e me esforço como se eu fosse funcionária efetiva", diz. Temporário permanente

Além de "transpirar" motivação, o consultor de RH da DBM Newton Branda sugere que os candidatos se preparem para a entrevista como se estivessem diante de uma vaga definitiva.

"Deve-se ter um objetivo bem pontual, focalizar todo o discurso para aquela vaga, além de demonstrar interesse e saber explicar por que deseja ocupar aquele posto", explica.

Outro erro comum dos candidatos, de acordo com Branda, é fazer vários modelos de currículo. "As empresas se comunicam e, se elas receberem currículos diferentes da mesma pessoa, a imagem desse candidato ficará prejudicada", adverte.

Para esses casos, os especialistas fazem coro: o ideal é padronizar o currículo e escrever uma carta de apresentação --essa sim, em tom personalizado--, explicando por que deseja a vaga e exaltando as principais qualificações. "A carta pode e deve ser diferente para cada empresa", diz Branda.





Fonte: Folha de S.Paulo

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