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Domingo - 04 de Fevereiro de 2007 às 09:41

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O corredor que leva à Sala Ayrton Senna, local escolhido para a apresentação do novo Williams, não deixa dúvidas: a vitória está no DNA da equipe.

Entre as fotos nas paredes estão campeões mundiais como Alan Jones, Keke Rosberg, Nelson Piquet, Alain Prost, Nigel Mansell e Damon Hill.

Mas é a de Jacques Villeneuve, último a vencer um Mundial pelo time, que dá a noção do que a Williams é hoje, nove anos depois daquela conquista. Um time pequeno, que luta para sobreviver na F-1 atual.

A principal causa da decadência talvez seja o que, aos olhos de seu idealizador, Frank Williams, é sua principal virtude: ser uma das únicas equipes independentes ainda no grid.

"Somos donos de nosso destino", diz ele no livreto distribuído à imprensa no lançamento do FW29 em Grove (ING).

Mas essa liberdade tem custado. Além do jejum de nove anos, a Williams não vence um GP desde 2004, com Juan Pablo Montoya, no Brasil. A última pole foi de Nick Heidfeld, no GP da Europa, em 2005.

Em 2006, ficou em oitavo no Mundial de Construtores, sua pior posição desde 1983.

"Depois de uma temporada terrível, você pára, pensa e volta querendo lutar", disse Patrick Head, diretor da Williams.

Nico Rosberg, filho do campeão mundial de 1982, Keke, vai além. "Não podemos sair prometendo resultados. Temos que ser mais cuidadosos e conseguir chegar à zona de pontos. Só aí é hora de mudar o discurso para um tom mais otimista."

Segundo Sam Michael, diretor técnico do time, o carro precisa ser mais resistente. "Um time de ponta pode ter problemas de confiabilidade uma ou duas vezes no ano, não dez ou 11 como ocorreu conosco", disse.

A principal novidade do time é o motor, agora fornecido pela Toyota. Para contar com propulsores, porém, o time, em grave crise financeira, teve de barganhar. Aceitou o japonês Kazuki Nakajima, filho do ex-piloto Satoru, como piloto de testes. Em troca, teve desconto.

O FW29 também terá "chaminés" nas laterais para o resfriamento do motor e a distribuição do peso. "Nossa missão é recolocar a Williams onde ela deveria estar", finalizou o colega de equipe de Nico Rosberg, o austríaco Alexander Wurz.





Fonte: Folha de S. Paulo

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