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Promotor apresenta acusações contra presos de Guantánamo
Podem estar próximos os primeiros julgamentos sob as novas regras para processar suspeitos de terrorismo internacional presos em Guantánamo, em Cuba. Nesta sexta-feira, um promotor militar norte-americano apresentou acusações contra três detentos do lugar.
"O promotor-chefe apresentou acusações contra os detentos de Guantánamo David Hicks, da Austrália, Salim Hamdan, do Iêmen, e Omar Khadr, do Canadá", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.
A medida foi o primeiro passo para a realização de um tribunal sob o novo sistema militar montado pelo governo George W. Bush no ano passado para julgar suspeitos de terrorismo internacional presos na base militar norte-americana em Cuba.
Em junho, a Corte Suprema havia rejeitado o plano anterior do governo e o considerado uma violação das leis internacionais.
Sob o novo sistema, as acusações apresentadas pelo promotor precisam ser revistas por outros oficiais militares, antes de os suspeitos serem acusados formalmente.
Prisão de suspeitos Cinco anos depois de os Estados Unidos começarem a prender pessoas suspeitas de combaterem pela Al Qaeda e pelo Taliban, nenhum dos 395 prisioneiros atuais de Guantánamo foi julgado.
David Hicks foi preso no Afeganistão em 2001 e tem sido acusado de lutar pela Al Qaeda e de espionar embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O promotor acusou Hicks, 31 anos, de dar apoio material ao terrorismo e de tentativa de assassinato, disse o Pentágono.
O advogado militar de defesa de Hicks, o major Michael Mori, criticou as acusações e afirmou que até mesmo o promotor havia afirmado que não existia evidências de que o australiano tinha atirado em alguém no Afeganistão.
"A acusação de apoio material não faz parte das leis de guerra e não aparece em nenhum manual militar norte-americano ou australiano como uma quebra das leis de guerra", acrescentou o major, em um comunicado.
´Acusações sérias´ O primeiro-ministro australiano, John Howard, havia exigido que as acusações contra Hicks fossem apresentadas até o fim de fevereiro.
"Estou satisfeito porque as acusações foram feitas, e o prazo dado por mim, cumprido", afirmou o premiê à imprensa neste sábado. "São acusações muito sérias, e é por isso que elas devem ser analisadas o mais rápido possível."
Mais de 770 prisioneiros foram mantidos em Guantánamo desde que os Estados Unidos começaram a usar a base para prender suspeitos capturados durante a guerra contra o terrorismo que Bush lançou em resposta aos ataques de 11 de setembro.
"O promotor-chefe apresentou acusações contra os detentos de Guantánamo David Hicks, da Austrália, Salim Hamdan, do Iêmen, e Omar Khadr, do Canadá", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.
A medida foi o primeiro passo para a realização de um tribunal sob o novo sistema militar montado pelo governo George W. Bush no ano passado para julgar suspeitos de terrorismo internacional presos na base militar norte-americana em Cuba.
Em junho, a Corte Suprema havia rejeitado o plano anterior do governo e o considerado uma violação das leis internacionais.
Sob o novo sistema, as acusações apresentadas pelo promotor precisam ser revistas por outros oficiais militares, antes de os suspeitos serem acusados formalmente.
Prisão de suspeitos Cinco anos depois de os Estados Unidos começarem a prender pessoas suspeitas de combaterem pela Al Qaeda e pelo Taliban, nenhum dos 395 prisioneiros atuais de Guantánamo foi julgado.
David Hicks foi preso no Afeganistão em 2001 e tem sido acusado de lutar pela Al Qaeda e de espionar embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O promotor acusou Hicks, 31 anos, de dar apoio material ao terrorismo e de tentativa de assassinato, disse o Pentágono.
O advogado militar de defesa de Hicks, o major Michael Mori, criticou as acusações e afirmou que até mesmo o promotor havia afirmado que não existia evidências de que o australiano tinha atirado em alguém no Afeganistão.
"A acusação de apoio material não faz parte das leis de guerra e não aparece em nenhum manual militar norte-americano ou australiano como uma quebra das leis de guerra", acrescentou o major, em um comunicado.
´Acusações sérias´ O primeiro-ministro australiano, John Howard, havia exigido que as acusações contra Hicks fossem apresentadas até o fim de fevereiro.
"Estou satisfeito porque as acusações foram feitas, e o prazo dado por mim, cumprido", afirmou o premiê à imprensa neste sábado. "São acusações muito sérias, e é por isso que elas devem ser analisadas o mais rápido possível."
Mais de 770 prisioneiros foram mantidos em Guantánamo desde que os Estados Unidos começaram a usar a base para prender suspeitos capturados durante a guerra contra o terrorismo que Bush lançou em resposta aos ataques de 11 de setembro.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/244294/visualizar/
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