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Mega-Sena: viúva pede socorro em escutas
A Polícia Civil começou a investigar nesta sexta-feira os 600 CDs com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça gravadas durante as investigações sobre o assassinato do milionário da Mega-Sena Renné Senna. Em um dos trechos, a viúva Adriana Almeida, presa por suspeita de participação no crime, pede "socorro" ao advogado Alexandre Dumans.
Adriana também conversa com outro homem, identificado apenas como Augusto, que também seria advogado. Ela demonstrava preocupação com seu amante, o motorista de transporte alternativo Robson de Andrade Oliveira, 25 anos, e com a possibilidade de ser presa. Confira o trecho:
Adriana: Ele (Robson) vai prestar depoimento ao delegado? Dumans: Não... Não, não vai nada. Eu não quero que você fique aí. Adriana: Ai meu Deus, socorro.
Em outro trecho, Adriana garante a Augusto que teria várias testemunhas que poderiam ajudar em sua defesa.
Herança A ameaça de perder sua parte na herança de R$ 52 milhões do milionário Renné Senna pode ter levado a ex-cabeleireira a planejar o assassinato do marido, segundo o titular da Delegacia de Homicídios (DH), Roberto Cardoso. De acordo com o delegado, há informações de que, ao descobrir as traições da mulher, dias antes do crime, Renné teria dito que mudaria o testamento e retiraria o nome de Adriana.
Outra linha de investigação indica a demissão do ex-soldado da PM Anderson Silva de Souza, que foi chefe da segurança da vítima e seria amante de Adriana, como a motivação da execução. Apurações apontam Souza como autor dos disparos que mataram Renné. Com prisão decretada desde o dia 25, o ex-PM se entregou ontem.
Souza negou envolvimento no crime e disse que não era amante da viúva, que ontem teve o pedido de habeas corpus negado pela 8ª Câmara Criminal. Como o ex-policial se apresentou na delegacia com carteira falsa de perito, ele foi autuado em flagrante. Em sua casa, em Itaboraí, policiais apreenderam distintivos de perito criminal e cartões de visita nos quais se dizia oficial de Justiça e juiz arbitral.
Segundo o delegado, Renné soube por um de seus seguranças, o PM David Vilhena, morto em setembro, que Souza ¿ então chefe da equipe que tomava conta da fazenda ¿ havia sido expulso da PM.
Pelo assassinato de David, Cardoso deverá pedir na próxima semana a prisão de Souza e dos PMs Ronaldo Amaral Oliveira e Marco Antônio Vicente, ex-seguranças do milionário, já detidos por suspeita de participação na morte de Renné. Adriana será intimada a depor no caso.
Para o delegado, as versões do ex-PM não se sustentam: "Não descarto que ele seja o autor dos disparos e vou ouvir novamente as testemunhas do crime porque há informações de que o assassino teria suas características físicas. Também quero ouvir outros seguranças para extrair as contradições". O suspeito disse que estava em Petrópolis, na casa de uma irmã, com a mulher, Janaína Silva de Oliveira Costa, contra quem também há mandado de prisão. Melhor amiga de Adriana, ela seria sua professora de ginástica. O ex-PM garantiu à polícia que a mulher também vai se apresentar. Ele negou ter saído às pressas de casa e disse que viajou com a família no Réveillon. "É mentira. Ele não saiu para passar férias. A casa estava toda revirada", rebateu Cardoso.
Ameaças O processo de separação de Adriana do seu ex-marido foi marcado por brigas pela partilha dos bens, como móveis e objetos de decoração. Segundo o ex-marido, que pediu para não ser identificado, em uma das discussões, a ex-cabeleireira ameaçou o pai de dois dos seus três filhos.
Amigos próximos do ex contam que ela teria dito que iria matá-lo caso ele não desse o que queria. Alguns dias depois da ameaça, o ex afirma que ela foi pedir desculpas e que os dois se separaram amigavelmente.
Atualmente, ele garante que são amigos. "Ela sempre me ajudou. Ficamos casados oito anos e sempre foi uma pessoa boa. Quando o motor do meu caminhão quebrou, ela me telefonou e me deu de presente o conserto".
Ele tem certeza da inocência da viúva. Ao encontrá-la após o crime, ela teria dito: "Eu sou inocente. Eu não sei por que estão fazendo isso comigo".
Em Rio Bonito, a ex-cabeleireira é chamada pela população de caloteira e "171". Segundo moradores, antes de se casar com Renné, Adriana deixava contas sem pagar. Vendedor diz ter entrado na Justiça para receber parte dos R$ 450 referentes a porta de ferro com vidro que a viúva comprou para seu salão de beleza. "Levei calote. O oficial de Justiça não achou a casa dela". Uma vendedora de loja de bijuteria confirma a fama: "Ela gostava de comprar fiado. Era difícil de pagar. Ficou me devendo R$ 8,90".
Adriana também conversa com outro homem, identificado apenas como Augusto, que também seria advogado. Ela demonstrava preocupação com seu amante, o motorista de transporte alternativo Robson de Andrade Oliveira, 25 anos, e com a possibilidade de ser presa. Confira o trecho:
Adriana: Ele (Robson) vai prestar depoimento ao delegado? Dumans: Não... Não, não vai nada. Eu não quero que você fique aí. Adriana: Ai meu Deus, socorro.
Em outro trecho, Adriana garante a Augusto que teria várias testemunhas que poderiam ajudar em sua defesa.
Herança A ameaça de perder sua parte na herança de R$ 52 milhões do milionário Renné Senna pode ter levado a ex-cabeleireira a planejar o assassinato do marido, segundo o titular da Delegacia de Homicídios (DH), Roberto Cardoso. De acordo com o delegado, há informações de que, ao descobrir as traições da mulher, dias antes do crime, Renné teria dito que mudaria o testamento e retiraria o nome de Adriana.
Outra linha de investigação indica a demissão do ex-soldado da PM Anderson Silva de Souza, que foi chefe da segurança da vítima e seria amante de Adriana, como a motivação da execução. Apurações apontam Souza como autor dos disparos que mataram Renné. Com prisão decretada desde o dia 25, o ex-PM se entregou ontem.
Souza negou envolvimento no crime e disse que não era amante da viúva, que ontem teve o pedido de habeas corpus negado pela 8ª Câmara Criminal. Como o ex-policial se apresentou na delegacia com carteira falsa de perito, ele foi autuado em flagrante. Em sua casa, em Itaboraí, policiais apreenderam distintivos de perito criminal e cartões de visita nos quais se dizia oficial de Justiça e juiz arbitral.
Segundo o delegado, Renné soube por um de seus seguranças, o PM David Vilhena, morto em setembro, que Souza ¿ então chefe da equipe que tomava conta da fazenda ¿ havia sido expulso da PM.
Pelo assassinato de David, Cardoso deverá pedir na próxima semana a prisão de Souza e dos PMs Ronaldo Amaral Oliveira e Marco Antônio Vicente, ex-seguranças do milionário, já detidos por suspeita de participação na morte de Renné. Adriana será intimada a depor no caso.
Para o delegado, as versões do ex-PM não se sustentam: "Não descarto que ele seja o autor dos disparos e vou ouvir novamente as testemunhas do crime porque há informações de que o assassino teria suas características físicas. Também quero ouvir outros seguranças para extrair as contradições". O suspeito disse que estava em Petrópolis, na casa de uma irmã, com a mulher, Janaína Silva de Oliveira Costa, contra quem também há mandado de prisão. Melhor amiga de Adriana, ela seria sua professora de ginástica. O ex-PM garantiu à polícia que a mulher também vai se apresentar. Ele negou ter saído às pressas de casa e disse que viajou com a família no Réveillon. "É mentira. Ele não saiu para passar férias. A casa estava toda revirada", rebateu Cardoso.
Ameaças O processo de separação de Adriana do seu ex-marido foi marcado por brigas pela partilha dos bens, como móveis e objetos de decoração. Segundo o ex-marido, que pediu para não ser identificado, em uma das discussões, a ex-cabeleireira ameaçou o pai de dois dos seus três filhos.
Amigos próximos do ex contam que ela teria dito que iria matá-lo caso ele não desse o que queria. Alguns dias depois da ameaça, o ex afirma que ela foi pedir desculpas e que os dois se separaram amigavelmente.
Atualmente, ele garante que são amigos. "Ela sempre me ajudou. Ficamos casados oito anos e sempre foi uma pessoa boa. Quando o motor do meu caminhão quebrou, ela me telefonou e me deu de presente o conserto".
Ele tem certeza da inocência da viúva. Ao encontrá-la após o crime, ela teria dito: "Eu sou inocente. Eu não sei por que estão fazendo isso comigo".
Em Rio Bonito, a ex-cabeleireira é chamada pela população de caloteira e "171". Segundo moradores, antes de se casar com Renné, Adriana deixava contas sem pagar. Vendedor diz ter entrado na Justiça para receber parte dos R$ 450 referentes a porta de ferro com vidro que a viúva comprou para seu salão de beleza. "Levei calote. O oficial de Justiça não achou a casa dela". Uma vendedora de loja de bijuteria confirma a fama: "Ela gostava de comprar fiado. Era difícil de pagar. Ficou me devendo R$ 8,90".
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/244318/visualizar/
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