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Nacional
Sábado - 03 de Fevereiro de 2007 às 07:19

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou há pouco, em entrevista após a cerimônia regiliosa do Dia de Recordação das Vítimas do Holocausto, na sede da Congregação Israelita Paulista, em São Paulo, que "neste momento da história da humanidade, nós não podemos ficar discutindo, como querem alguns, se houve ou não Holocausto".

E acrescentou: "O que nós precisamos dizer, claramente, é que nós não queremos mais holocausto no século 21 nem no século 22. Daí porque eu virei, todo ano, enquanto convidado, participar deste dia de homenagem às vítimas do Holocausto".

Ao encerrar seu discurso durante a solenidade, segundo a Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, Lula havia afirmado que "ainda que tivesse sido apenas um judeu vítima do Holocausto, nós não deveríamos estar rediscutindo a história".

E sugerido: "Deveríamos assumir o compromisso, enquanto cidadãos defensores dos direitos humanos, cidadãos defensores da democracia e cidadãos defensores da convivência democrática na adversidade, de dizer ao mundo, no século 21, ao invés de discutir se houve ou não Holocausto no século 20, nós temos que afirmar, em alto e bom som, que nunca mais haverá Holocausto na face do nosso planeta".

Segundo o presidente, no discurso, "cada vez que rendemos homenagem às vítimas do Holocausto, estamos ampliando as forças para impedir que esses horrores se repitam".

Lula garantiu que "a comunidade judaica, toda e qualquer comunidade, grupo étnico ou religioso, tem total garantia do nosso governo". E lembrou que duas Secretarias Especiais, com status de Ministério, ligadas à Presidência da República, "têm sua atuação principal voltada para a defesa dos direitos humanos e a promoção da igualdade racial".

O presidente destacou também: "Nosso país tem boas leis. O racismo e o anti-semitismo são crimes inafiançáveis. Mas éclaro que a lei não é suficiente para impedir o aparecimento de anti-semitas, racistas, intolerantes e preconceituosos. A lei nos dá, sim, a garantiade poder puni-los".

Por isso, acrescentou, "é fundamentala formação de um escudo de proteção contra esses crimes, formado pelas instituições, práticas e organizações democráticas da nossa sociedade". Segundo Lula, o governo vem se empenhando para fortalecer esse escudo: "A sociedade tem que estar preparada para corrigir as eventuais falhas do nosso governo".

O presidente anunciou ainda, em entrevista após a solenidade, que na segunda-feira (5) pretende "conversar com o Aldo [Rebelo (PCdoB-SP), ex-presidente da Câmara dos Deputados], vou conversar com o Arlindo [Chinaglia (PT-SP), presidente eleito da Câmara dos Deputados], vou conversar com o Renan [Calheiros (PMDB-AL), presidente reeleito do Senado e do Congresso Nacional], porque agora nós precisamos fazer com que a Câmara ajude o governo a cumprir a programação que está estabelecida no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]".

Lula passará o final de semana em São Paulo, sem compromissos oficiais agendados.





Fonte: Agência Brasil

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