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Cidades/Geral
Quarta - 27 de Março de 2013 às 08:11

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o MT Saúde apresentou novos fortes testemunhos em última reunião, realizada na terça-feira (26). 

Um dos representantes de uma empresa consorciada ao plano afirmou por meio de carta que seu nome era utilizado como “laranja”. A confissão será investigada pelos integrantes da frente, presidida pelo deputado estadual Walter Rabello (PSD). 

O parlamentar leu na sessão o depoimento de Sidney Starch Dutra, representante da empresa Samaritano LTDA, na qual declara que não somente ele, mas também sua irmã haviam sido utilizados em um possível esquema. 

Contudo, o deputado Emanuel Pinheiro (PR), relator do processo, questionou o fato de que ambos envolvidos nunca tivessem tomado conhecimento do uso indevido de seus registros. 

Em outro momento do debate, a servidora Elza Maria de Andrade declarou que logo que o plano foi criado, ainda em 2005, os serviços eram ótimos e de qualidade, mas que, contudo, com o decorrer do tempo, houve uma queda desses atributos até chegar ao nível em que está hoje. Ela reclamou que embora ainda pagasse pelo serviço teve de pagar procedimentos médicos de seu próprio bolso. 

A CPI requisitou cópia desses gastos para avaliar possível ressarcimento, contudo, Emanuel Pinheiro lembrou que a comissão não deve servir de balcão para esses pleitos, já que deverá avaliar o plano social em investigação. 

“A CPI não pode virar terceirização de cobrança do MT Saúde. A AL só pode julgar quando entender o plano e tudo após investigação”, destacou aos servidores. 

A próxima oitiva acontece no dia 2 de abril, na qual serão ouvidos os representantes das empresas gestoras. É o caso da Samaritano, Open, Connectmed-CRC, entre outras. O ex-gestor Yuri Bastos Jorge também deverá ser chamado para prestar esclarecimentos à CPI. O prazo final da conclusão dos trabalhos ocorre em 27 de junho deste ano. 

O MT saúde ainda deve mais de R$ 70 milhões aos hospitais. Somente o Hospital São Matheus ainda tem de receber grande parte da dívida inicial de R$ 5 milhões. Restam ainda a serem pagos R$ 612 mil. Os impasses com os atrasos de repasses começaram em julho de 2011 e duraram até fevereiro de 2012. 

Enquanto isso o atendimento pelo convênio está suspenso e não há previsão de retorno, já que as próprias unidades que faziam parte do plano argumentaram que não há credibilidade para o trabalho. 

Entretanto, apesar dos depoimentos que tendem a pedir a suspensão total do convênio tanto Emanuel Pinheiro quanto Walter Rabello declaram que o que houve foi uma má gestão e uso do dinheiro público e creem que o MT Saúde ainda pode ser reativado quase. (PV) 





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