MP e OAB denunciam tortura na prisão de Ribeirão

Uma comissão formada pelo promotor Eliseu Berardo Gonçalves e pelos advogados Ana Paula Varga de Melo, coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Jorge Marcos de Souza, presidente da OAB de Ribeirão Preto e Daniel Rondi, constataram a prática de espancamentos dentro da penitenciária da cidade.

O promotor disse que abrirá inquérito para apurar a existência de tortura. Cerca de 35 presos teriam sido espancados. Segundo Ana Paula, a Comissão de Direitos Humanos vem recebendo denúncias de espancamento de presos há vários dias. Na ontem e hoje, novas denúncias foram feitas por parentes de presos.

"Então organizamos uma comissão da OAB, enviamos um ofício ao Ministério Público que decidiu pela vistoria. No local constatamos a existência de presos torturados", diz a advogada. Ela afirma ainda que os espancamentos eram mais comuns na ala de seguro e enfermaria e eram praticados por agentes penitenciários.

Com indicação dos presos, foram encontrados e apreendidos pelo MP os objetos que estariam sendo utilizados na tortura, como barras de ferro e pedaços de madeira, em formato de bastão.