Chuvas preocupam sojicultores de Sorriso

Os últimos dias não foram favoráveis para muitos produtores. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Nelson Picoli, o excesso de chuvas fez com que a colheita da soja fosse praticamente paralisada no município, campeão nacional na produção do grão. Nesta semana a previsão era que 100% dos produtores iniciassem a colheita.

“A preocupação dos produtores é que não estão conseguindo entregar a soja vendida antecipadamente para janeiro”, declarou. Picoli explicou que, caso não entregue o produto no mês, o produtor perde o prêmio do governo. “Ele pode usar esse prêmio em fevereiro, mas o valor é inferior”, acrescentou. Em janeiro, o prêmio foi de R$ 3,08 por saca, mas pode cair para R$ 1,33 no mês seguinte.

Até agora, cerca de 8% dos cerca de 520 mil hectares de soja foram colhidos. E, apesar das fortes chuvas, ainda não há prejuízos nas plantações. A estimativa é que a colheita se estenda até 15 de março e que a produtividade seja melhor nas lavouras plantadas nos ciclos médio e tardio, superando a média de 50 sacas por hectare.

Este ano Sorriso também deve se destacar na produção de milho safrinha, dobrando a área plantada. A reação dos preços tem deixado muitos produtores otimistas, principalmente do milho, devido a projeção de aumento na demanda do grão para produção de etanol nos Estados Unidos.