88% da população de VG não conta com rede de saneamento

Mais de 218 mil habitantes não contam com rede de esgoto e dispõem de fossa séptica nos quintais das casas. O serviço deixa de atender 88% dos moradores, de acordo com o DAE. De acordo com o IBGE, a cidade tem 248.728 habitantes.

Em frente à casa do pedreiro José Roberto da Rocha, 54, uma fossa aberta contamina o ar e o local. Morador do bairro São Mateus, ele afirma não saber como melhorar a situação que se arrasta por um longo tempo.

O cenário não é diferente na avenida 31 de Março, esquina com a rua Morada Nova, no Parque do Lago, onde um outro esgoto mostra a precariedade do serviço oferecido à população. Na mesma avenida, vários outros pontos de esgoto são detectados sem ao menos uma tampa para evitar acidentes.

A cabeleireira Cidoni Aparecida Machado afirma que a falta de saneamento no bairro Marajoara 2 fez com que a família improvisasse um encanamento da pia da cozinha até a rua, onde a água usada para lavar louças é jogada a céu aberto. "Para as outras coisas tem uma fossa". O diretor do DAE, Dito Loro, garante que a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Cristo Rei, vai ampliar de 12% para 28% o esgoto tratado. A inauguração da obra está prevista para maio, quando será comemorado o aniversário de Várzea Grande.

A construção tem capacidade para 12 mil ligações e vai abranger os bairros Maringá 1, 2 e 3, Cohab Cristo Rei, Jardim União, Alto da Boa Vista e, parte do bairro Parque do Lago.

O diretor afirma que a estação será uma das mais modernas e que vai melhorar muito a qualidade de vida da população. Loro explica que vários bairros já receberam os encanamentos e que muito em breve estará tudo funcionando. Junto com a rede de esgoto a população ganha com a qualidade no asfalto que será empregado nos bairros de abrangência da estação. A ETE será construída com recursos de R$ 27 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES).