PDT decide apoiar comunista Rebelo

O PDT decidiu apoiar a candidatura à reeleição do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). A um dia da eleição da nova Mesa Diretoria, a decisão do PDT representa um forte baque na candidatura do líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Chinaglia estava certo que teria os votos da maioria dos 23 deputados pedetistas para vencer a disputa e se eleger quinta-feira (01) em primeiro turno.

O apoio à reeleição de Rebelo foi tomado numa tensa reunião da bancada e da executiva do partido, que também resolveu criar um bloco parlamentar. O bloco, que deverá ser formalizado amanhã (31), terá 92 deputados. Ao todo, serão oito legendas: PDT, PSB, PC do B, PMN, PV, PHS, PSC e PAN. As siglas que formam o bloco terão direito a ter cargos na Mesa e a comandar comissões permanentes de destaque da Câmara. Na reunião, 17 deputados votaram a favor do bloco e seis, contra.

"A decisão pelo bloco traz em seu bojo o apoio à candidatura de Aldo Rebelo", reconheceu o líder do PDT na Casa, Miro Teixeira (RJ), que era contrário a formação do bloco. "A maioria acabou optando pelo apoio a candidatura de Aldo ao decidir formar o bloco", completou o presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Tanto Lupi como Miro defendiam o apoio da legenda à candidatura do líder do governo na Câmara. Com isso, eles pretendiam se cacifar para ganhar uma vaga na reforma ministerial que será promovida nos próximos dias por Lula. A decisão de apoiar Rebelo enfraquece a candidatura à reeleição do líder do PDT na Câmara, que disputa a liderança da sigla com o deputado eleito Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho. Paulinho foi o principal mentor da formação do bloco e do apoio da agremiação à candidatura a do presidente da Câmara. Horas antes da reunião da bancada do PDT, Chinaglia estava certo de que teria a adesão.