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Saúde
Quarta - 27 de Março de 2013 às 06:53
Por: HELSON FRANÇA

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Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas “de alta carga”
Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas “de alta carga”
Cuiabá é a segunda capital do Brasil com maior incidência de casos de tuberculose. Com uma média de 100 casos a cada 100 mil habitantes, a “Cidade Verde” fica atrás apenas de Porto Alegre (104,6 casos). 

Em relação ao número de mortes contabilizado em decorrência da doença, Mato Grosso, com uma média de 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, figura em quarto lugar no ranking que mede a taxa de mortalidade nos estados. 

Os dados se referem ao ano passado e foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (25), em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, que foi celebrado neste domingo (24). 

A incidência da doença em Cuiabá equivale quase ao dobro da média nacional, que é de 57,9 casos a cada 100 mil habitantes, conforme o Ministério da Saúde. 

Já em relação às mortes, o número relacionado a Mato Grosso é superior as médias nacional e internacional, que são, respectivamente 6,5 óbitos e 6 óbitos, num universo de 100 mil pessoas. 

O estado brasileiro onde mais pessoas morrem por conta da tuberculose é o Maranhão. Por lá, no ano passado, aproximadamente 9 pessoas, a cada 100 mil, morreram. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas “de alta carga” (onde há grande circulação da doença). 

No país, a tuberculose representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV. 

Em 2012, o Brasil registrou 70.047 novos casos de tuberculose. A doença, desde 2003, figura na lista dos problemas prioritários a ser combatidos pela Saúde. Inclusive, faz parte das metas do milênio, com o objetivo de, até 2015, erradicar os óbitos causados pela infecção. 

Por meio da assessoria, o secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil Hussein Fares, admitiu que a prefeitura não possui um plano de combate à doença e que, nos próximos 90 dias (contados a partir de 11 de abril), estudos sobre a incidência da tuberculose e outras doenças crônicas começarão a ser melhor definidos. O secretário não informou a que atribui ao fato da cidade registrar uma quantidade de casos de tuberculose superior a outras capitais com maior número de habitantes. 

Inicialmente, a prefeitura deve priorizar a atenção básica, tentando identificar as pessoas que mais são acometidas pela doença. 

Kamil pontuou que vê a situação com muita tristeza e afirmou que nos primeiros três meses deste ano a secretaria focou os trabalhos nos problemas de saúde pública na urgência, emergência e nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). 

A tuberculose, conhecida antigamente como “peste cinzenta”, é uma doença infecciosa. Os principais sintomas são tosse com secreção, febre, suores noturnos, falta de apetite, cansaço fácil e dores musculares. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus no pulmão são verificados em casos mais graves. 





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