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Cidades/Geral
Terça - 30 de Janeiro de 2007 às 08:38

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Asfalto esburacado e ruas "de chão" são comuns em Várzea Grande. O problema não está restrito à periferia e pode ser verificado até mesmo no centro da cidade. O município conta com 211 bairros. Destes, menos da metade dispõe de asfalto. A falta de iluminação pública e excesso de terrenos baldios também são questões que preocupam a população, pois comprometem a segurança, principalmente no período noturno.

A avenida Alzira Santana, uma das mais conhecidas, é um exemplo de via esburacada que fica no centro de Várzea Grande. É difícil passar por um longo trecho sem "cair" em um deles. O mesmo acontece na rua João Libânio, na região central, que segundo os moradores está em situação crítica.

Em bairros mais afastados, como na rua Vereador Abelardo de Azevedo, no Cristo Rei, uma das rotas de acesso ao Centro Universitário - Univag, a precariedade do asfalto é tamanha que os motoristas são obrigados a invadirem a contramão para conseguir passar.

A estudante Gabriela Cristina, que passa pelo local diariamente, reclama da dupla falta de segurança. "Normalmente eu passo tarde da noite por ali, que é um lugar perigoso. Como o asfalto é muito esburacado, tenho que passar bem devagar para não estragar o carro ou estourar um pneu. Dá medo porque alguém pode aproveitar a situação para tentar assaltar. Outro problema é ter que passar na contramão, isso é um perigo".

No bairro da Manga, a rua Desembargador Emílio Bastos já perdeu metade do pavimento. Moradores contam que já solicitaram à prefeitura uma visita, mas não foram atendidos.

A dona-de-casa Vera Lúcia, que mora na Vila Sadia, explica que o bairro não é muito movimentado, mas vive com problemas de buracos no asfalto. "Ano passado eles tamparam onde era mais problemático. Não sei que tipo de material foi usado, porque foi só chover que os buracos voltaram. Agora, ao invés de asfalto, estão enchendo os buracos com pedras. Direto o carro passa nessas pedras, que "voam" no carro ou no pedestre".

O asfalto do bairro São Mateus é visto somente na linha principal de passagem do ônibus. As ruas de terra ficam cheias de lama quando chove ou empoeiradas na seca.

O letreiro Marcos Antônio Nascimento, que mora no São Mateus há 11 anos, entende que o bairro está abandonado pela administração pública, que nunca aparece. "Mas as contas e taxas chegam todo mês para nós pagarmos".

"Vocês vieram em boa hora, não temos mais pra quem reclamar", afirmou o pedreiro José Roberto da Rocha, 54, ao ver o carro da reportagem. Ele aponta a falta de esgoto e duas enormes poças d"água como descaso da prefeitura com o São Mateus. "Já cansamos de pedir ajuda, mas ninguém aparece. Essa água aí é um perigo para a saúde".

O secretário Municipal de Obras e Viação, Fernando Sé, garante que iniciou na última semana uma operação "tapa buraco" para melhorar a trafegabilidade em Várzea Grande. Ele explica que as ruas e avenidas mais usadas terão prioridade. "Onde existe o asfalto vamos tampar os buracos. Já nas ruas de terra vamos fazer o encascalhamento para evitar lugares muito esburacados e com água empoçada".

O tempo de chuva, destaca o secretário, prejudica a recuperação das vias. "Para deixar a cidade boa mesmo, tem que esperar acabar esse período chuvoso".

Segundo Sé, a avenida Alzira Santana já está em fase de recuperação e quase não há mais buracos. Na próxima semana, a avenida Vereador Abelardo de Azevedo também passará por reparos, que vão além de consertar o asfalto. "Nesse local vamos fazer a limpeza do córrego". O bairro São Mateus também faz parte da programação da operação "tapa buraco".





Fonte: Folhabnet

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