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Economia
Terça - 30 de Janeiro de 2007 às 04:47
Por: Juliana Scardua

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Apesar do recuo de 10,31% nas vendas em 2006, 2 indicadores dão sinais de que o comércio de Mato Grosso terá em 2007 chances de afastar a maré de crise que se arrastou nos últimos 2 anos. A maior cautela dos empresários e o efeito positivo da Nova Lei de Falências refletiram, cada um por sua vez, na ligeira alta de 1,34% no volume de títulos protestados e na queda brusca de 50% no número de falências no setor no ano passado.

Apesar do aumento de títulos protestados na faixa de pessoas jurídicas, o desempenho em 2006 é bem melhor que o de 2005, quando o índice avançou 13,57% perante 2004. Contudo, o ciclo de estagnação no processo de crise que o comércio começa a demonstrar ainda é tímido perto do resultado de anos como 2004, quando o conjunto de títulos despencou 12,05%, a melhor variação percentual desde 2001, orientada pela efeito positivo do agronegócio sobre a economia regional.

Em números absolutos, foram lançados 51,055 mil protestos de títulos emitidos pelas empresas do setor em todo o Estado em 2006, ante 50,376 mil em 2005 e 44,354 mil em 2004. Na análise apenas do ano passado, o pico de registros ocorreu no mês de março, com 5,690 mil lançamentos, seguido por maio, com 5,517 mil inclusões.

Na análise mensal, a alta verificada no primeiro semestre cedeu espaço para redução a partir de agosto, fechando dezembro com queda de 31,54% ante igual mês de 2005, com 3,045 mil contra 4,448 mil protestos. Apesar de comemorado pelo setor, o recuo também reflete o momento de congelamento na atividade.

"A retração no processo econômico forçou a queda nas compras de pessoa jurídica. E se o volume de títulos protestados caiu, também significa que o comércio deixou de comprar", afirma o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf.

O superintendente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado (Facmat), Manuel Gomes, frisa que a crise impôs maior cautela aos comerciantes na condução da gestão de negócios. "O aumento de 1,34% no número de títulos protestados não significa uma melhoria na saúde financeira das empresas, mas de fato há um cuidado maior dos empresários".




Fonte: A Gazeta

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