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Friboi desiste de implantar frigorífico no RS
O grupo Friboi desistiu de implantar uma unidade de abate de gado e processamento de carne em São Borja, fronteira oeste do Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada cinco meses depois que o projeto tinha sido anunciado, durante a Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), no final de agosto. Em nota, a companhia atribuiu a desistência à falta de entendimento com o governo do Estado para a assinatura de um protocolo. "No ano passado, mesmo depois de várias reuniões, não conseguimos chegar a uma proposta definitiva, razão pela qual não assinamos protocolo para iniciar as obras", diz a nota.
"Este ano, devido à troca da equipe de governo, novas negociações precisariam ser iniciadas, o que dificultaria continuarmos com o projeto antigo sem as adaptações necessárias", complementa a nota. O prefeito de São Borja, Mariovane Weis, foi comunicado da decisão na quarta-feira. Ele citou que o município havia identificado uma área de cem hectares que seria adquirida e repassada ao Friboi para abrigar a planta, com previsão inicial de abater 1,2 mil cabeças de gado por dia e chegar a 2 mil animais em uma segunda etapa.
A prefeitura estima que a indústria iria gerar 2 mil empregos diretos. "Vamos atrás de outros empreendimentos", previu o prefeito, lembrando que o município fez um estudo de viabilidade de frigoríficos na região, que abriga, num raio de 350 quilômetros, um rebanho de 6 milhões de cabeças. "A proposta era diferenciada", disse Weis, descrevendo que o Friboi pretendia estabelecer uma relação integrada com os pecuaristas e agregar valor aos produtos.
Segundo o prefeito, o programa estadual que incentiva frigoríficos (Agregar RS) apresenta uma desvantagem ao tratar todas as indústrias da mesma maneira. "Não tem diferenciação para uma grande indústria que quer exportar 80% da produção", comparou, numa referência ao caso do Friboi.
Na época do anúncio, o Friboi situou o investimento no projeto entre US$ 60 milhões e US$ 80 milhões. As negociações com o governo gaúcho começaram em 2005. Questionado sobre o tempo transcorrido nas negociações, o presidente do Friboi, João Batista Júnior, justificou, no ano passado, que adaptações no projeto teriam prolongado as conversas com o Estado.
O secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Nélson Proença, disse que foi informado da decisão do Friboi no sábado, pela imprensa. Ele deverá ir a São Paulo na próxima segunda-feira para conversar com a direção da indústria. Proença ressaltou que não há nenhum documento assinado entre o Estado e o Friboi.
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, considerou que o Estado tem uma capacidade industrial significativa de abate e a ausência do Friboi não deve gerar problemas ao mercado. O grupo Friboi tem mais de 20 unidades de produção no Brasil, quatro na Argentina e escritórios também no Chile, Rússia, Egito e Inglaterra. A companhia abate cerca de 20 mil animais por dia no Brasil e Argentina.
"Este ano, devido à troca da equipe de governo, novas negociações precisariam ser iniciadas, o que dificultaria continuarmos com o projeto antigo sem as adaptações necessárias", complementa a nota. O prefeito de São Borja, Mariovane Weis, foi comunicado da decisão na quarta-feira. Ele citou que o município havia identificado uma área de cem hectares que seria adquirida e repassada ao Friboi para abrigar a planta, com previsão inicial de abater 1,2 mil cabeças de gado por dia e chegar a 2 mil animais em uma segunda etapa.
A prefeitura estima que a indústria iria gerar 2 mil empregos diretos. "Vamos atrás de outros empreendimentos", previu o prefeito, lembrando que o município fez um estudo de viabilidade de frigoríficos na região, que abriga, num raio de 350 quilômetros, um rebanho de 6 milhões de cabeças. "A proposta era diferenciada", disse Weis, descrevendo que o Friboi pretendia estabelecer uma relação integrada com os pecuaristas e agregar valor aos produtos.
Segundo o prefeito, o programa estadual que incentiva frigoríficos (Agregar RS) apresenta uma desvantagem ao tratar todas as indústrias da mesma maneira. "Não tem diferenciação para uma grande indústria que quer exportar 80% da produção", comparou, numa referência ao caso do Friboi.
Na época do anúncio, o Friboi situou o investimento no projeto entre US$ 60 milhões e US$ 80 milhões. As negociações com o governo gaúcho começaram em 2005. Questionado sobre o tempo transcorrido nas negociações, o presidente do Friboi, João Batista Júnior, justificou, no ano passado, que adaptações no projeto teriam prolongado as conversas com o Estado.
O secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Nélson Proença, disse que foi informado da decisão do Friboi no sábado, pela imprensa. Ele deverá ir a São Paulo na próxima segunda-feira para conversar com a direção da indústria. Proença ressaltou que não há nenhum documento assinado entre o Estado e o Friboi.
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, considerou que o Estado tem uma capacidade industrial significativa de abate e a ausência do Friboi não deve gerar problemas ao mercado. O grupo Friboi tem mais de 20 unidades de produção no Brasil, quatro na Argentina e escritórios também no Chile, Rússia, Egito e Inglaterra. A companhia abate cerca de 20 mil animais por dia no Brasil e Argentina.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/244860/visualizar/
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