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Aldo diz que não tem ´relação de subordinação´ com Lula
Durante o debate transmitido ao vivo pela TV Câmara entre os candidatos à presidência da Câmara, o presidente da Casa Aldo Rebelo (PCdoB) discordou das críticas do candidato Gustavo Fruet (PSDB) ao fato de dois ex-líderes do governo - o próprio Aldo e o atual líder, Arlindo Chinaglia (PT) - serem candidatos à presidência da Casa. Esse fato e a versão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiaria Aldo enfraqueceriam, na visão de Fruet, a posição do Legislativo em relação ao Executivo. "Nunca perguntei ao presidente se poderia ser candidato", reagiu Aldo.
"Nas quatro campanhas (eleitorais para presidente da República), meu partido fez a campanha de Lula, mas não é uma relação de subordinação", lembrou Aldo. Ele disse ter comunicado a Lula sua candidatura à presidência da Câmara na presença de testemunhas.
Afirmou compreender o fato de o PT ter lançado seu próprio candidato (Chinaglia), mas que sua candidatura "é da instituição" Câmara dos Deputados. "Tenho o maior apreço pelo presidente Lula, mas estamos escolhendo o presidente da Casa e não o líder do governo."
Contudo, Aldo afirmou que a eleição do petista Arlindo Chinaglia para o cargo de presidente da Casa seria imprudente, pois concentraria poder demais no partido. "Não julgo prudente dar mais poder ao PT nem para o País nem para o próprio PT", afirmou. Aldo disse que sua candidatura não é projeto político pessoal e que visa valorizar a Casa como Poder democrático e representativo do País.
Arlindo Chinaglia rebateu Aldo lembrando que o parlamentar não falou isso quando o partido, quando era a maior bancada, abriu mão da vaga para que Aldo, "de um partido de apenas nove parlamentares", fosse eleito presidente da Casa. Ele também rebateu o tucano Gustavo Fruet, sobre o fato de ser líder do governo, lembrando que as presidências de Aécio Neves e Luís Eduardo Magalhães, no passado, não deixaram de ser independentes, apesar de os dois serem fortemente associados ao governo Fernando Henrique Cardoso. Erros
Aldo reconheceu, em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre os erros que teria cometido no cargo, que "talvez tenha sido um erro" das lideranças partidárias e dos dirigentes da Mesa a decisão de reajustar em 91% os salários dos parlamentares. A decisão foi, depois, anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da Câmara disse também que, apesar do parecer de uma consultoria de que a decisão foi tomada dentro da legalidade, é preciso levar em conta que há uma decisão do STF determinando que reajuste de vencimentos de parlamentares seja submetido à votação do Plenário.
Aldo anunciou ainda a determinação de retomar um programa de recuperação da credibilidade da Câmara dos Deputados e comentou que, nesta legislatura, terão que ser votadas as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da economia.
A eleição na Câmara será no dia 1° de fevereiro, dia da posse dos deputados eleitos em outubro de 2006. Para que o deputado chegue à presidência, são necessários 257 votos, o que equivale à metade mais um dos 513 deputados. Se nenhum dos candidatos atingir esse número, haverá segundo turno, com os dois mais votados.
"Nas quatro campanhas (eleitorais para presidente da República), meu partido fez a campanha de Lula, mas não é uma relação de subordinação", lembrou Aldo. Ele disse ter comunicado a Lula sua candidatura à presidência da Câmara na presença de testemunhas.
Afirmou compreender o fato de o PT ter lançado seu próprio candidato (Chinaglia), mas que sua candidatura "é da instituição" Câmara dos Deputados. "Tenho o maior apreço pelo presidente Lula, mas estamos escolhendo o presidente da Casa e não o líder do governo."
Contudo, Aldo afirmou que a eleição do petista Arlindo Chinaglia para o cargo de presidente da Casa seria imprudente, pois concentraria poder demais no partido. "Não julgo prudente dar mais poder ao PT nem para o País nem para o próprio PT", afirmou. Aldo disse que sua candidatura não é projeto político pessoal e que visa valorizar a Casa como Poder democrático e representativo do País.
Arlindo Chinaglia rebateu Aldo lembrando que o parlamentar não falou isso quando o partido, quando era a maior bancada, abriu mão da vaga para que Aldo, "de um partido de apenas nove parlamentares", fosse eleito presidente da Casa. Ele também rebateu o tucano Gustavo Fruet, sobre o fato de ser líder do governo, lembrando que as presidências de Aécio Neves e Luís Eduardo Magalhães, no passado, não deixaram de ser independentes, apesar de os dois serem fortemente associados ao governo Fernando Henrique Cardoso. Erros
Aldo reconheceu, em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre os erros que teria cometido no cargo, que "talvez tenha sido um erro" das lideranças partidárias e dos dirigentes da Mesa a decisão de reajustar em 91% os salários dos parlamentares. A decisão foi, depois, anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da Câmara disse também que, apesar do parecer de uma consultoria de que a decisão foi tomada dentro da legalidade, é preciso levar em conta que há uma decisão do STF determinando que reajuste de vencimentos de parlamentares seja submetido à votação do Plenário.
Aldo anunciou ainda a determinação de retomar um programa de recuperação da credibilidade da Câmara dos Deputados e comentou que, nesta legislatura, terão que ser votadas as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da economia.
A eleição na Câmara será no dia 1° de fevereiro, dia da posse dos deputados eleitos em outubro de 2006. Para que o deputado chegue à presidência, são necessários 257 votos, o que equivale à metade mais um dos 513 deputados. Se nenhum dos candidatos atingir esse número, haverá segundo turno, com os dois mais votados.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/244887/visualizar/
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