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Cidades/Geral
Segunda - 29 de Janeiro de 2007 às 11:42

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As chuvas do mês de janeiro que alagaram diversos pontos da cidade, com mais violência no Bairro São Matheus, às margens do córrego do Gambá, registraram a mais alta concentração nos últimos 72 anos, conforme série histórica regularmente registrada a partir de informações dos serviços meteorológicos na Coordenação de Estudos e Projetos da Secretaria Municipal de Infra-estrutura.

Isso traz uma nova preocupação ao Departamento de Obras Públicas, como anota o diretor, Orozimbo Guerra Neto, pois a se consolidar uma tendência e não apenas desvios ocasionais, a Prefeitura poderá elevar o “fator de risco” para o cálculo de novas obras de drenagem e até pavimentação.

“Tudo isso é agravado”, reforça o diretor, “pelo modelo caótico de ocupação dos espaços urbanos e os exemplos estão por toda a cidade; para ficar em apenas um, a faixa de domínio da canalização do córrego do Gambá que é respeitada à montante, já não o é justamente onde hoje está o Bairro São Matheus, vitimado por uma enchente como nunca se viu antes que só não foi mais grave porque a Prefeitura já havia retirado 85 toneladas de detritos do leito do córrego um pouco antes, em razão de outro alagamento”, assinalou.

A secretaria está aguardando os estudos dos técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso onde foi entregue a “memória de cálculo” das obras de contenção e reforço de talude na transposição do Córrego do Gambá, substituída pelas galerias em virtude da erosão que já vinha corroendo a canalização naquele trecho.

E, com base nos cálculos, a Secretaria pretende, inclusive solicitar um estudo ainda mais aprofundado sobre toda a bacia até para orientar as novas obras. “Nos últimos 30 anos tivemos eventos climáticos que se repetiram e, como nos informou o engº Rubens Mauro durante uma reunião que mantivemos, a tabela de precipitações no mês de janeiro vem crescendo sistematicamente sugerindo uma alteração no micro-clima da baixada cuiabana, por fatores que vão do desmatamento até a impermeabilização do solo devido a novas construções e redução da área de infiltração de água das chuvas, tudo isso nos levando a pensar, seriamente, numa provável alteração nos parâmetros de cálculo das futuras obras”, completou o engenheiro, fazendo questão de frisar que o prefeito Wilson Santos quer o empenho de todos para que a cidade não só volte ao estado em que estava antes como fique melhor com o maior esforço de todos.





Fonte: Gazeta Digital

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