Confrontos matam 250 militantes, diz polícia do Iraque

Soldados americanos e iraquianos mataram cerca de 250 militantes em confrontos em volta da cidade sagrada de Najaf, segundo a polícia do Iraque.

A batalha ocorreu durante o dia todo e soldados americanos deram apoio ao Exército iraquiano, que lutou contra grupos sem identificação em pomares nos arredores ao norte de Najaf.

Três soldados iraquianos teriam morrido na batalha e 21 ficaram feridos.

Os militares americanos afirmaram que dois de seus soldados morreram quando um de seus helicópteros foi derrubado, mas não confirmaram nenhum dos feridos entre os iraquianos.

Uma autoridade iraquiana do gabinete do governador de Najaf disse à BBC que 21 soldados iraquianos ficaram feridos em confrontos, que ocorreram em um bairro da cidade. O Exército iraquiano percorria a área em busca de militantes.

Fontes não identificadas iraquianas afirmaram que os insurgentes eram de um grupo militante desconhecido, que se denominava Exército do Paraíso ou Soldados do Paraíso.

Asaad Abu Gilel, o governador da província de Najaf, disse que os atiradores tinham como objetivo atacar clérigos xiitas e peregrinos que estão participando do festival sagrado da Ashura.

"Eles estão bem equipados e têm até mísseis antiaéreos. Eles têm o apoio de alguns moradores locais", disse.

Mais cedo, cinco estudantes foram mortas em um ataque com morteiros contra uma escola para meninas em Bagdá. Outras cinco crianças foram mortas quando um suicida explodiu um caminhão perto de uma escola na cidade de Ramadi.

Onda ataques

A onda de ataques ocorre no momento em que forças iraquianas e americanas estão se preparando para uma operação de segurança para por fim à violência sectária que está matando centenas de iraquianos toda semana.

Antes, a polícia iraquiana afirmou que 54 corpos não identificados foram encontrados dentro e fora de Bagdá apenas no domingo.

No sábado a polícia afirmou ter encontrado 40 corpos - estas mortes são geralmente atribuídas à violência sectária.

A ONU afirma que, em média, pouco menos de cem pessoas morrem devido à violência no Iraque por dia.

A última onda de violência ocorre no momento em que muçulmanos xiitas marcam o festival da Ashura, um dos festivais mais sagrados.

Milhares de peregrinos de todo o Iraque e de outros locais foram até Karbala para participar de cerimônias que marcam o martírio do Imã Hussein, um neto do profeta Maomé, em 680.