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Nacional
Segunda - 29 de Janeiro de 2007 às 05:54
Por: Ana Paula Moura

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Brasília - Amigos, familiares, trabalhadores rurais e representantes de movimentos sociais ligados à defesa da terra promoveram manifestação, neste domingo (28), para cobrar da Justiça punição para os acusados do assassinato de cinco funcionários da Delegacia Regional do Trabalho, em Unaí, Minas Gerais.

Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram assassinados no município de Unaí quando investigavam denúncias de trabalho escravo na zona rural. O caso ganhou repercussão nacional e internacional, mas até hoje, passados três anos, o julgamento ainda não foi marcado. Dezenas de faixas cobravam, durante ato público, celeridade no julgamento e pediam justiça, já. Dos nove acusados da chacina, três estão em liberdade. Entre eles, o atual prefeito do município mineiro, Antério Mânica.

O conselheiro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno, que participou do culto ecumênico para lembrar as vítimas, também cobrou o fim da impunidade no país, especialmente no agronegócio brasileiro. “É preciso compromisso de todos nós para, juntos, enfrentarmos a injustiça no agronegócio. Hoje, o agronegócio está destruindo a terra e matando aqueles que dependem da vida”, destacou. D. Tomás Balduíno também cobrou maior responsabilidade do Judiciário no sentido de evitar a impunidade. “A impunidade existe em nosso país. A morte dos fiscais é apenas mais uma amostra grave do que acontece sempre de norte a sul.

Levantamento da CPT revela, por exemplo, que a violência é maior aonde o agronegócio é mais florescente”, denunciou. Dos nove suspeitos de envolvimento na chacina de Unaí, três estão em liberdade beneficiados por hábeas corpus. São eles: Antério Mânica, atual prefeito de Unaí, o irmão dele, Noberto Mânica, e José Alberto Costa, o Zezinho. Atualmente o processo está no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, desde dezembro do ano passado, aguarda decisão sobre a admissibilidade dos recursos e razões apresentados pela defesa dos réus, que deseja recorrer com recursos especiais e extraordinários.




Fonte: Agência Brasil

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