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Internacional
Domingo - 28 de Janeiro de 2007 às 21:16

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O escândalo que obrigou o presidente Moshe Katsav a se afastar nesta semana sob o peso de acusações graves, como estupro e assédio sexual, fez os israelenses lembrarem das maquinações que o levaram ao cargo e a lamentar um vexame que poderia ter sido evitado.

Em agosto de 2000, tudo indicava que Shimon Peres seria eleito com facilidade pelo Parlamento para ocupar a Presidência de Israel. O cargo, de caráter puramente cerimonial, coroaria uma carreira de 41 anos, ao longo da qual foi premiê duas vezes, ministro de várias pastas e arquiteto dos acordos de Oslo (1993), pelos quais recebeu o Nobel da Paz.

Apesar da destacada posição internacional, Peres perdeu para o inexpressivo Katsav, ex-ministro do Turismo e conhecido apenas internamente, devido a disputas partidárias.

O surpreendente resultado foi um castigo da oposição ao premiê Ehud Barak, aliado de Peres, que enfrentava a fúria da direita pelas concessões feitas ao líder palestino Iasser Arafat na cúpula de Camp David, nos EUA.

Com a quase certa renúncia de Katsav, que deve ser indiciado criminalmente, Peres volta a ser apontado como o melhor nome para ocupar a Presidência. Aos 83 anos e estigmatizado em seu país como "o homem que não sabia vencer", título de sua biografia em hebraico, Peres tem a chance de rir por último.





Fonte: Folha de S. Paulo

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