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Cidades/Geral
Domingo - 28 de Janeiro de 2007 às 15:58

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O governador Blairo Maggi e o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, visitaram na tarde deste sábado (27.01) várias companhias de polícia de Cuiabá para acompanhar de perto a evolução do novo modelo de policiamento.

Inicialmente o governador visitou as Companhias de Policiamento Comunitário dos bairros Santa Isabel, São João Del Rei e Pedra 90, além da Delegacia Metropolitana, para onde são encaminhadas todas as ocorrências.

Em todos os locais, Maggi e Brito quiseram saber a opinião de policiais, agentes, delegados e também da população, a respeito do novo modelo.

Em Cuiabá, a mudança se deu basicamente em duas frentes: em primeiro lugar, centralizou toda a parte administrativa da Polícia Militar (PM) — o que resultou na liberação para o serviço de rua de mais de 100 homens, incluindo aqueles dos batalhões de trânsito, ambiental e rodoviário. Se antes cada batalhão ou companhia de polícia tinha em sua estrutura policiais que cuidavam de serviços burocráticos, agora esse trabalho é feito em um só local, com um número reduzido de pessoas.

A outra mudança se deu na escala de serviço dos policiais. Em Cuiabá — e brevemente em todo o Estado — os quatro batalhões existentes foram transformados em “equipes”, e cada uma delas é responsável por policiar a cidade durante doze horas (ou 24 horas) ininterruptas. Deste modo, a cidade conta sempre com cerca de 400 policiais nas ruas, sob o comando de uma só pessoa, e pronta a atender ocorrências de qualquer natureza. Essa medida evita o problema da “jurisdição”, que antes impedia, em tese, um policial de determinado batalhão atender uma ocorrência fora de sua abrangência.

“Antes os efetivos das policias ambiental e rodoviária eram pequenos, não conseguiam dar conta do serviço. Com a mudança, todos os policiais estarão empenhados em solucionar problemas onde quer que eles apareçam”, disse o governador.

Segundo o tenente-coronel Joselito Espírito Santo de Paula, comandante do 3º Batalhão e na ocasião o responsável por todo o policiamento da Capital, nenhuma companhia de polícia, posto da PRE ou do Batalhão Ambiental deixou de funcionar. “Em todos eles há policiais prontos para atender o cidadão”, afirmou. “Só que agora não há tanta gente para ficar só cuidando do prédio, e sim nas ruas”.

De acordo com o secretário Carlos Brito, é preciso esclarecer para a população que nenhuma companhia de policiamento comunitário será extinta. “Pelo contrário, nós vamos ampliar os serviços das companhias, com a oferta de cursos profissionalizantes, projetos de cunho social e, muito importante, com unidades da delegacia virtual, para que o cidadão possa registrar suas queixas ali mesmo”, afirmou ele. Adaptação

Nas companhias por onde passou, o governador percebeu que os policiais ainda estavam se adaptando ao novo modelo, uma vez que agora eles têm que trabalhar cada dia em um local diferente. Com o aumento do efetivo nas ruas, porém, todos foram unânimes em afirmar que havia mais tranqüilidade em trabalhar com uma maior “cobertura” dos colegas.

BO legível

Durante sua visita à Delegacia Metropolitana, o governador observou de perto a rotina de registros de ocorrências, pois para lá são encaminhadas todas ocorrências, seja roubo, furto, violência doméstica ou crime ambiental. Segundo o delegado Wladimir Fransosi, o trabalho ali será agilizado, com a incorporação de mais escrivães e agentes.

Na delegacia, uma outra mudança simples também está se refletindo no policiamento nas ruas. Se antes o policial que, por exemplo, prendia uma pessoa flagrante, tinha que ficar esperando a confecção dos BOs e depois ainda esperar a vez para prestar o seu depoimento perante o delegado, hoje ele apenas leva o suspeito até a delegacia e volta imediatamente para as ruas, pronto a atender novas ocorrências. E quando for sua hora de depor, é chamado para a delegacia.

Para agilizar ainda mais o serviço, dois policiais ficam de plantão para digitar os relatórios de cada ocorrência do ponto de vista do policial, pois são eles que vão auxiliar o trabalho de investigação dos delegados e agentes civis. Desse modo, cada ocorrência fica registrada em um banco de dados para análises posteriores e, melhor ainda, evita-se a confusão gerada por um boletim de ocorrência mal escrito. “Antes nossos BOs eram ilegíveis, uma verdadeira vergonha para a Polícia Militar”, disseram os policiais. “Hoje estamos numa nova era”.





Fonte: O Documento

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