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Polícia Brasil
Domingo - 28 de Janeiro de 2007 às 03:24

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Em protesto contra o assassinato do diretor-geral do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá (SP), Wellington Rodrigo Segura, 31 anos, na sexta-feira, servidores da penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (P-2), em Presidente Venceslau (SP), devem estender a paralisação das atividades, iniciada sábado, para este domingo, dia tradicional de visitas de parentes aos detentos. Na unidade dirigida pela vítima, as visitas foram suspensas por todo o fim de semana, enquanto o presídio Zwinglio Ferreira (P-1), também localizado em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, paralisou as atividades no sábado e pode manter a greve no domingo.

As duas unidades de Venceslau têm presos sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), muitos ligados à cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), apontado pela polícia como suspeito da execução do diretor. O RDD, que restringe ainda mais a liberdade de presos considerados perigosos, ao limitar visitas e banhos de sol, foi um dos motivos alegados pelo PCC para realizar as três ondas de ataque do ano passado no Estado.

Segundo declarou ao jornal O Estado de S.Paulo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, Cícero Sarney, a categoria planeja ampliar o protesto ao longo da semana para todos os presídios estaduais de São Paulo, impedindo visitas de parentes dos presos. Na unidade de Mauá, onde trabalhava o diretor executado, houve um princípio de tumulto na manhã de sábado, logo controlado.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), outra entidade representativa da classe, confirmou os planos de manter a paralisação na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau no domingo. Segundo o sindicato, os agentes penitenciários mantêm apenas os serviços básicos, como entrega de alimentos e remédios para os presos, e suspenderam as visitas, banho de sol e entrega de correspondências.

Assassinato A polícia acredita que a morte de Wellington Rodrigo Segura, 31 anos, foi uma vingança de detentos, pelo estilo "linha-dura" adotado na administração do CDP de Mauá. Além do PCC, um grupo independente também poderia ter realizado a execução, contra supostas humilhações impostas a detentos em Mauá.

Segura foi morto a tiros por volta das 19h de sexta-feira em Presidente Prudente, quando deixava o trabalho a bordo de uma Parati da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo. A diretora de Recursos Humanos da unidade, Marilene Maria da Silva, 25 anos, também foi atingida e passou por cirurgia. O diretor foi sepultado neste sábado em Presidente Prudente, interior do Estado.




Fonte: Terra

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