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PAC prevê crescimento com responsabilidade fiscal, acreditam economistas
A principal virtude do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na visão de analistas ouvidos pela Radiobras, é a sinalização de que o país mudou a rota da sua política econômica para o crescimento sem colocar em risco valores como a responsabilidade fiscal. Lançado na última segunda-feira (22), o PAC deflagra a intenção do Estado de injetar dinheiro público – e assim atrair o privado - em investimentos, e enumera uma centena de projetos na área de infra-estrutura e outro conjunto de medidas para reduzir impostos.
z“É a primeira vez, nos últimos 25 anos, que o governo vem a público dizer que a meta agora é o desenvolvimento e não fiscal ou de inflação”, diz o professor de finanças da Universidade de São Paulo (USP), Alberto Matias. Na mesma linha opina o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, para quem o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento do PAC foi fundamental para tranqüilizar o mercado e demonstrar a posição brasileira de não atropelar as instituições. “O presidente, a meu ver, sabe mais do que a maioria esmagadora de seus companheiros de partido que inflação alta, para crescer (o país), é uma ilusão e prejudica os pobres.
Matias ressalta que “o Brasil hoje é diferente de um passado em que uma única pessoa ditava as regras. Hoje, todos estamos participando desse processo”. Matias, que também é diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), qualifica como “etérea” a discussão sobre as previsões de crescimento ou sobre a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) contra o 0,5 desejado pelo governo.
“É uma discussão etérea porque você tem hoje várias empresas em movimento de crescimento. Quando você vai perguntar para um empresário sobre o seu balanço, a resposta não é expectativa de retração, é de expansão. Nesse momento, não dá para imaginar quanto crescerá o país”, avalia. Sobre a Selic, Matias afirma que, além de se tratar de um cruzamento entre informações de longo prazo, como é o caso do plano de desenvolvimento com outro de prazo mais curto, os juros, a Selic não é uma taxa que serve para avaliar os investimentos. “O BNDES, não utiliza a selic (utiliza a TJLP) nas suas operações de crédito. Os bancos estrangeiros também não. Selic está fora dessa estrutura para formação de taxa”, recorda.
Maílson também está entre os que não vêem a decisão do Copom como um entrave ao PAC. “Não tem influência nenhuma”, disse. “Não há que se fazer essa vinculação, de que a decisão do BC foi contra o PAC e que se fosse 0,50 seria a favor do PAC. Acho que essa decisão reflete como funciona um banco central numa economia moderna. Portanto 0,25 ou 0,50 ponto percentual não teria qualquer influência no PAC”, opinou. Para o ex-ministro, outra virtude do PAC é assumir que um dos problemas que afastam o investimento e, em última instâncias, um ambiente favorável ao crescimento, é a deficiência da infra-estrutura.
Maílson, no entanto, vê com reservas a crença de que o PAC pode melhorar o potencial de crescimento do país. “A projeção de que a economia cresça 4,5% neste ano, 5% no próximo ano, e nos seguintes do mandato do presidente Lula, feitas pelo ministro da Fazenda, são mais um sonho, uma projeção. Ninguém que olha isso a sério, que estuda pra valer as condições que geram o crescimento, ninguém projeta crescimento de 4,5%. Nem mesmo os órgãos independentes do governo. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e o Banco Central projetam crescimento da economia para 2007 da ordem de 3,5%”, enfatizou.
z“É a primeira vez, nos últimos 25 anos, que o governo vem a público dizer que a meta agora é o desenvolvimento e não fiscal ou de inflação”, diz o professor de finanças da Universidade de São Paulo (USP), Alberto Matias. Na mesma linha opina o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, para quem o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento do PAC foi fundamental para tranqüilizar o mercado e demonstrar a posição brasileira de não atropelar as instituições. “O presidente, a meu ver, sabe mais do que a maioria esmagadora de seus companheiros de partido que inflação alta, para crescer (o país), é uma ilusão e prejudica os pobres.
Matias ressalta que “o Brasil hoje é diferente de um passado em que uma única pessoa ditava as regras. Hoje, todos estamos participando desse processo”. Matias, que também é diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), qualifica como “etérea” a discussão sobre as previsões de crescimento ou sobre a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) contra o 0,5 desejado pelo governo.
“É uma discussão etérea porque você tem hoje várias empresas em movimento de crescimento. Quando você vai perguntar para um empresário sobre o seu balanço, a resposta não é expectativa de retração, é de expansão. Nesse momento, não dá para imaginar quanto crescerá o país”, avalia. Sobre a Selic, Matias afirma que, além de se tratar de um cruzamento entre informações de longo prazo, como é o caso do plano de desenvolvimento com outro de prazo mais curto, os juros, a Selic não é uma taxa que serve para avaliar os investimentos. “O BNDES, não utiliza a selic (utiliza a TJLP) nas suas operações de crédito. Os bancos estrangeiros também não. Selic está fora dessa estrutura para formação de taxa”, recorda.
Maílson também está entre os que não vêem a decisão do Copom como um entrave ao PAC. “Não tem influência nenhuma”, disse. “Não há que se fazer essa vinculação, de que a decisão do BC foi contra o PAC e que se fosse 0,50 seria a favor do PAC. Acho que essa decisão reflete como funciona um banco central numa economia moderna. Portanto 0,25 ou 0,50 ponto percentual não teria qualquer influência no PAC”, opinou. Para o ex-ministro, outra virtude do PAC é assumir que um dos problemas que afastam o investimento e, em última instâncias, um ambiente favorável ao crescimento, é a deficiência da infra-estrutura.
Maílson, no entanto, vê com reservas a crença de que o PAC pode melhorar o potencial de crescimento do país. “A projeção de que a economia cresça 4,5% neste ano, 5% no próximo ano, e nos seguintes do mandato do presidente Lula, feitas pelo ministro da Fazenda, são mais um sonho, uma projeção. Ninguém que olha isso a sério, que estuda pra valer as condições que geram o crescimento, ninguém projeta crescimento de 4,5%. Nem mesmo os órgãos independentes do governo. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e o Banco Central projetam crescimento da economia para 2007 da ordem de 3,5%”, enfatizou.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/245277/visualizar/
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