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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 27 de Janeiro de 2007 às 13:58

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O Serviço de Inteligência (SI) da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ainda na gestão Célio Wilson começou a evitar o que poderia ser uma das maiores tragédias dentro de uma penitenciária. Algo parecido com o massacre do Carandiru. A meta era uma fuga, mas caso não desse certo eles iriam destruir a Ala Federal, como já haviam feito anteriormente durante uma rebelião em 2005. Um dos reféns poderia ser o empresário João Arcanjo Ribeiro, o "Comendador".

A quadrilha liderada por Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, de 39 anos, condenado há mais de 150 anos de reclusão em regime fechado, estava se preparando para uma das maiores rebeliões. Além de informantes, a Polícia se valeu das escutas telefônicas. “Sandro Louco” e seu bando estavam sendo vigiados, dia e noite desde maio do ano passado.

Alguma coisa deu errado entre os dias 28 e 31 de dezembro. Uma fuga em massa com muitos carros esperando do lado de fora estava sendo preparada para a tarde do último dia de 2006. Caso a fuga não desse certo, os presos estavam quase preparados para enfrentar a Polícia à bala. Só faltavam as armas e as munições.

As armas e as munições que iriam entrar na Penitenciária de Pascoal Ramos, em Cuiabá, foram apreendidas (A Polícia mantém em sigilo o local). A Polícia já sabia que elas viriam e o dia em que elas estavam chegando, pois acompanhava tudo, frustrando dia e noite as ações dos bandidos sem que eles percebessem o que estava acontecendo, dentro e fora da penitenciária.

Em julho, a reportagem do Site 24 Horas News apurou a existência de pelo menos 200 celulares e carregadores dentro da Penitenciária de Pascoal Ramos. Ao ser questionado o que a Polícia iria fazer para apreender todos os celulares de uma só vez? o então secretário Célio Wilson sorriu: “A situação está sob controle. Todos estão sendo monitorados através de escutas telefônicas. Essas informações não podem vazar. No momento exato todos serão retirados lá de dentro”, afirmou Célio Wilson.

Nos meses seguintes, pelo menos uma vez por semana a Polícia apreendia telefones celulares e carregadores dentro da Penitenciária de Pascoal Ramos. Houve até quem reclamasse da transferência de “Sandro Louco” para a Ala Federal que se transformou em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Era a fase final do plano para evitar a tragédia.

Mas a vigilância não parou por aí. Muito pelo contrário, até o último dia de trabalho na Sejusp, Célio Wilson acompanhou toda a movimentação fora e dentro da penitenciária onde estavam “Sandro Louco”, Maurício da Cruz, o “Raposão”, 39; Márcio Lemos de Lima, o “Marcinho PCC”, 26; Reginaldo Miranda, 29, e Fausto Durgo da Silva Filho, o “Faustão”, 33.

A fuga que poderia se transformar em uma grande rebelião, tinha duas finalidades primordiais. Uma: destruir a Ala Federal usada para abrigar presos RDD. A outra: Evitar que os presos fossem transferidos para a Penitenciária de Catanduvas, no Paraná.

Ao assumir a Sejusp, o secretário Carlos Brito deu continuidade ao trabalho de Célio Wilson, e também ajudou a evitar a tragédia. “Sandro Louco”, “Raposão”, “Marcinho PCC”, Reginaldo e “Faustão” foram transferidos devido ao risco eminente de uma fuga em massa e de uma grande rebelião nos próximos dias.

Uma fonte do Sistema Prisional confirma: “A fuga em massa, ou a rebelião estavam sendo preparadas, possivelmente para este final de semana. Só que a Sejusp agiu rápido, retirou os líderes e evitou a tragédia. Se não fosse isso, com certeza, nós nem imaginamos o que poderia acontecer nos próximos dias”.





Fonte: 24HorasNews

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