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Internacional
Sábado - 27 de Janeiro de 2007 às 01:05

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O presidente da Guiné, Lansana Conte, aceitou dar plenos poderes ao novo primeiro-ministro que ele mesmo nomeará em breve, podendo encerrar a longa crise no país, disseram hoje fontes sindicais e religiosas.

Conte está no poder desde que liderou um golpe, em 1984. Mas cedeu às reivindicações das principais centrais sindicais e aceitou nomear um novo primeiro-ministro, com mais poderes que seus antecessores.

A nomeação de um primeiro-ministro era uma das principais reivindicações dos organizadores das manifestações dos últimos dias, que deixaram um saldo de 40 a 60 mortos e centenas de feridos.

O arcebispo de Conacri, Vincent Gómez, e fontes sindicais participantes das negociações disseram hoje que chegaram a um acordo com Conte. Mas o Governo não deu detalhes.

Os sindicatos anunciaram que manterão a greve indefinida até que as reivindicações sejam atendidas.

"O povo quer algo concreto", afirmou na véspera o líder sindical Abdoulaye Sow. "Foi possível um acordo em princípio, que agora deve ser posto em prática", acrescentou.

As reivindicações incluem um aumento dos salários, o controle da inflação e a redução do preço dos combustíveis.

A Guiné é o maior produtor mundial de bauxita, usada para a produção de alumínio. Desde que Conte chegou ao poder, há quase 23 anos, a economia da Guiné sofre uma grande deterioração. As condições de vida dos 10 milhões de habitantes vêm caindo. A inflação é de 300% e os preços de muitos produtos básicos estão fora do alcance da maioria da população.

A greve geral e indefinida mantém o país paralisado o país há duas semanas. Os sindicatos são apoiados por organizações civis e pela oposição política.

Lansana Conte, de 73 anos, sofre de diabetes e tem graves problemas de saúde, que reduziram a sua capacidade para adotar decisões.




Fonte: Agência EFE

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