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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Janeiro de 2007 às 09:32

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Responsável pelo inquérito da Polícia Federal sobre as causas do acidente que derrubou um Boeing da Gol no dia 29 de setembro do ano passado, o delegado Renato Sayão disse na quinta-feira que o relatório final poderá responsabilizar criminalmente os controladores de vôo da Aeronáutica, por terem descumprido normas de rotina.

"Quanto a gente fala em falha, é sobre tomar providências previstas em manuais de tráfego aéreo para situações de emergência. Quais sejam: aeronaves sem comunicação, aeronaves que não estão visíveis no radar, aeronaves com altitudes desconhecidas em vias de mão dupla. Isso tem um procedimento padrão que tem de ser seguido pelo controle de espaço aéreo, por aqueles profissionais. Como está aparentando que nem todos foram feitos, pode haver aí conduta penalmente relevante para os controladores", disse o delegado.

No acidente, o pior da história da aviação brasileira, morreram as 154 pessoas a bordo do Boeing, que caiu em área de mata fechada no norte de Mato Grosso. O Boeing se chocou com um jato Legacy, que mesmo avariado na colisão, conseguiu pousar em uma base militar na Serra do Cachimbo, Sul do Pará.

Segundo o delegado, a PF deverá pedir à Justiça nova prorrogação do prazo de investigação. De acordo com o delegado, o ideal seria no mínimo mais 60 dias. Até agora, foram ouvidos 13 dos 15 controladores de vôo que trabalhavam no momento do acidente.

No dia 16 de janeiro, a Justiça autorizou a prorrogação por mais 30 dias do inquérito. As investigações estavam paradas até então há mais de um mês, à espera da decisão. O juiz autorizou também o envio de cópias do inquérito aos pilotos do jato, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, únicos indiciados pela Polícia Federal.





Fonte: Globo.com

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